“Não podemos mudar o mundo sem as pessoas e o mais fácil é começar pelas crianças”

A presidente do Laboratório da Paisagem considera que as crianças têm um papel central no desenvolvimento sustentável. O argumento foi defendido no Encontro Internacional de Educação Ambiental, que decorre, entre quinta-feira e sábado, no centro educativo e científico vimaranense.


Para Adelina Paula Pinto, que é igualmente vice-presidente da Câmara Municipal, um dos objetivos da iniciativa passa por mostrar “as centenas de atividades” realizadas no concelho, direcionadas para “as crianças dos vários níveis de ensino”. “Não podemos mudar o mundo sem mudar as pessoas e o mais fácil é começar pelas crianças e apostar na educação ambiental”, vinca, salientando a necessidade de “alavancar” esse conhecimento para os adultos e população em geral.

Também a participar na cerimónia de abertura, o presidente da autarquia destacou o “caminho” que tem sido ‘cozinhado’ pelo município, associando-o a um “bolo”. Apesar de ser “o mais importante”, para se tornar mais ‘saboroso’, falta a “cereja” no topo: chegar a Capital Verde Europeia.

Depois do quinto lugar no ano de 2020 – venceu Lisboa – e de ter sido finalista para 2025 – ganhou Vilnius, na Lituânia -, Guimarães já prepara a terceira candidatura, a pensar em 2026. Domingos Bragança confidencia que achava que “ia ganhar” da última vez, mas não esmorece, mostrando-se “convicto de que a cidade está no caminho certo” para alcançar o desígnio.



Encontro internacional pretende medir pegada ecológica


O Encontro Internacional de Educação Ambiental marca o arranque das comemorações do 10º aniversário do Laboratório da Paisagem, apoiado pela Câmara de Guimarães, Universidade do Minho e UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O objetivo é debater estratégias e soluções no campo da educação ambiental, de forma a superar os desafios económicos, sociais e ambientais que as sociedades enfrentam, com vista a garantir um caminho sustentável para as gerações presentes e futuras.

Estão previstas 28 comunicações orais e 17 pósteres, com a participação de representantes de cidades geminadas com Guimarães, nomeadamente Igualada, de Espanha, Dijon e Tourcoing, de França, Kaiserslautern, da Alemanha, e Londrina, do Brasil.

Subjacente ao evento, de acordo com Adelina Paula Pinto, há um conjunto de iniciativas para “reduzir a pegada de carbono”, como menu vegetariano, sazonal e local, brindes produzidos localmente a partir de resíduos têxteis e a (re)utilização de produtos de origem natural. 


Ao longo do encontro será “medida a pegada”, incluindo as deslocações da organização e dos participantes. E aí, admite, já começou a perder. “A nossa amiga da cidade de Londrina fez quatro viagens de avião para cá chegar e estragou a nossa pegada ecológica”, brinca com a situação.

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Tiago Barquinha
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