“Não aproveitar o PRR para investir nas escolas e unidades de saúde é oportunidade desperdiçada”

De todas as aspirações que Braga apresentou ao Governo, para inclusão no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Ricardo Rio acredita que a que tem mais hipótese de ver luz verde é a intervenção nos edifícios escolares e unidades de saúde. À RUM, o presidente da Câmara de Braga admite que se o Governo não aproveitar o PRR para estes investimentos “será uma oportunidade desperdiçada, tendo em conta que essa é uma responsabilidade direta do Estado Central”.


“Neste momento, as câmaras municipais estão a fazer o seu trabalho, a elaborar projetos e a preparar cada uma dessas intervenções, e não aproveitar os recursos para financiar esses mesmos projetos será deixar em aberto a fonte de financiamento que depois poderá viabilizar essas intervenções”, acrescentou. O autarca acredita que o Governo vai “aproveitar o PRR para viabilizar estas intervenções”.

Em causa estarão cerca de 40 milhões de euros. “No caso das unidades de saúde, temos uma estimativa de investimento que rondará os 10 milhões de euros. No caso dos equipamentos escolares, estamos a falar seguramente de 25 a 30 milhões de euros de investimento”, afirmou Ricardo Rio.

O presidente da Câmara Municipal de Braga apresentou esta semana ao Governo um conjunto de contributos relativos à atualização do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nos termos da consulta pública em curso.

Entre as propostas está a inclusão da finalização da Variante do Cávado, a reabilitação infraestrutural do Estádio 1.º de Maio e intervenções em escolas e unidades de saúde.

Rio diz que pedidos não são “lista de compras”, mas “uma proposta consistente”

Para Rio, em causa não está propriamente “uma lista de compras do município”, mas “uma proposta consistente, tendo em conta aquilo que é o enquadramento específico do PRR, a maturidade dos projetos e a sua relevância estratégica”.

A conclusão da variante do Cávado é, para o autarca, “crucial não apenas para Braga, mas também para vários municípios vizinhos, porque vai contribuir para a descarbonização do centro da cidade e para a repressão de muitas filas de esfera”. A reabilitação do Estádio 1.º de Maio, que “é monumento nacional”, o apoio ao financiamento ao projeto da Ínsula das Carvalheiras, do Convento de São Francisco ou a identificação de alternativas de utilização energética mais eficiente em edifícios municipais são outras das reivindicações que parte de Braga para Lisboa.

“O último grande investimento em Braga foi o Hospital e já la vai mais de uma década”


Ricardo Rio criticou, mais uma vez, a distribuição de verbas do Estado central, lembrando que “o grande investimento que houve em Braga nos últimos anos foi a criação do hospital e já lá vai mais de uma década”. “Se nós percorremos cada uma das áreas da governação do Estado Central, desde equipamentos de saúde, à componente da educação, da justiça, já nem falando nas infraestruturas, o investimento do Estado Central num concelho que é um dos que tem maior potencial de crescimento, desenvolvimento e relevância económica no todo nacional, não é equilibrado. É um ato de justiça promover este maior equilíbrio e um redistribuir de verbas, tendo em conta territórios como o de Braga, não apenas o concelho, mas toda esta região”, finalizou. 

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Liliana Oliveira
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