Museu Virtual da Lusofonia quer desenvolver programa anual com estrutura de São Paulo

O Museu Virtual da Lusofonia quer desenvolver um programa anual conjunto com a estrutura de São Paulo, no Brasil. A plataforma informática criada em 2017 pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da UMinho tinha como principal missão estabelecer um espaço de mediação para todos os países de língua portuguesa e em conjunto com regiões como a Galiza, Goa e Macau. Neste momento, o projeto vai além da colaboração académica, uma vez que proporciona a divulgação de tradições e do património dos vários países de Língua Oficial Portuguesa.  

Moisés de Lemos Martins, diretor da mais recente unidade cultural da UMinho, foi o convidado desta quinta-feira do UMinho I&D, Dia Mundial da Língua Portuguesa. Para assinalar a data, o Museu lançou a exposição “Momentos de festejos em Salvador – Matriarca da Roma Negra”, de Mariana Miranda, pesquisadora brasileira.

Numa conversa em que foi abordado o futuro do museu, o responsável adiantou que “o grande sonho” passa por instalar o museu nas plataformas universitárias de todos os países de língua portuguesa. Contudo, o ideal passa ainda por incluir associações culturais, empresas e até instâncias governamentais.

Moisés de Lemos Martins revela aos microfones da RUM que uma das ideias em que está a trabalhar passa por aproveitar as ligações com o Museu de Língua Portuguesa de São Paulo e desenvolver um “programa anual conjunto”.

Em 2021, o espólio do Museu Virtual da Lusofonia, constituído por mais de 50 coleções, foi lançado na plataforma Google Arts and Culture. Com este passo o museu passou a ser “global e universal”, visto que toda a informação das exposições é automaticamente traduzida para a língua da pessoa que consulta o conteúdo. Esta é uma parceria que tem aumentado a visibilidade da plataforma. “Para conhecer toda a oferta do museu são precisas mais de 24 horas”, refere. Todo o espólio é exposto de uma forma simples e “transmedia”, ou seja, em formato fotográfico, vídeo e áudio.

A curto/médio prazo a ideia é que os cidadãos possam contribuir para as coleções apresentadas no Google Arts and Culture com fotografias e algumas informações, a título de exemplo, de estátuas. Informações que posteriormente serão validadas.

No site do Museu, os conteúdos são distintos, é possível consultar teses de doutoramento, dissertações de mestrado e livros relacionados com a história comum dos povos.

Associado ao Museu Virtual da Lusofonia está também, desde 2018, um doutoramento em Língua, Cultura e Sociedade na cidade da Beira, em Moçambique. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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