Mural para a Igualdade surge em São Vicente. “A liberdade é uma luta constante”

Alertar para as desigualdades sociais. Foi com este objectivo que nasceu o Mural para a Igualdade, na Praça das Fontainhas, na freguesia bracarense de São Vicente. A inauguração aconteceu esta sexta-feira.

O projecto artístico em espaço público, que surgiu durante a Semana Municipal para a Igualdade, em Outubro, foi desenvolvido durante um mês por Marta Calejo, em colaboração com outras voluntárias da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta e alguns membros da comunidade local.

Uma única linha liga as várias personagens, de cores diferentes, que compõem o mural. A autora explica que a ideia é transmitir a mensagem que “todas as pessoas estão conectadas umas às outras num movimento colectivo”.

A obra de arte chama a atenção para vários tipos de desigualdade, tal como espelha a forma de xadrez, a preto e branco, que trespassa todo o mural.

“O elemento do xadrez representa duas coisas: por um lado, a toalha do xadrez das nossas casas porque o trabalho doméstico ainda hoje é desenvolvido sobretudo por mulheres. Por outro, remonta ao tabuleiro de xadrez porque existe uma igualdade ilusória. As peças negras jogam sempre em segundo lugar”, explica.

O desenho é acompanhado pela citação ‘A liberdade é uma luta constante’, da filósofa e activista norte-americana Angela Davis.


Presidente da JF lança o repto para se desenvolverem mais iniciativas semelhantes

O presidente da Câmara Municipal de Braga também marcou presença na inauguração. Ricardo Rio destaca a “importância da arte em espaço público no sentido de alertar para matérias muito importantes”.

Frisando que a luta pela igualdade é “uma responsabilidade da sociedade no seu todo”, o edil refere que se trata de “uma temática que o município, sobretudo através da área da Ação Social, tem procurado promover, em conjunto com várias entidades, como é o caso da UMAR”.

Este foi o primeiro mural pintado na Praça das Fontainhas. O presidente da Junta de Freguesia de São Vicente, Jorge Pires, acredita que, a partir de agora, poderão surgir outras iniciativas semelhantes. “Gostamos da ideia. As pessoas dizem que devia ser algo maior. Isto é o início e não o fim. Queremos desenvolver outras formas, também com várias artistas”.

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Tiago Barquinha
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