Movimento quer pensar estratégia cultural no Convento de S. Francisco de Real

Ajudar na salvaguarda, valorização, dinamização, divulgação e promoção do conjunto monástico formado pela Igreja de S. Francisco, Mausoléu de S. Frutuoso e Convento de S. Francisco de Real, é um dos principais objetivos do projeto ‘Amigos do Convento’.

A iniciativa cívica de cariz cultural acaba de surgir pela mão de um grupo de cidadãos empenhados em colaborar com as entidades oficiais na reabilitação daquele que é um dos baluartes do património cultural bracarense.

Já existe uma proposta preliminar de estatutos, preparada para o caso da iniciativa evoluir para um formato institucional, designadamente para a figura de Associação Cultural sem fins lucrativos, mas por enquanto os Amigos do Convento recusam protagonismos e pretendem focar-se num objetivo que envolva a comunidade.

O Programa Operacional Regional do Norte aprovou, em março de 2020, a candidatura submetida pelo Município de Braga para a conservação, valorização e promoção do Convento de S. Francisco de Real, num investimento global de cerca de 2,5 milhões de euros ¬– o qual será financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em 850 mil euros e em mais de 1,5 milhões de euros pelos cofres da autarquia. A reposição da coesão espacial do conjunto monástico com vista à sua visitação constitui um dos objetivos centrais da intervenção.

Para os Amigos do Convento “existe espaço para uma participação mais efetiva da sociedade civil” e almejam por isso a criação e desenvolvimento de uma nova centralidade cultural no concelho de Braga atraves de um trabalho construtivo e colaborativo com a autarquia e com a UMinho.

Apesar da pandemia, os Amigos do Convento já contam com uma página da rede social Facebook, espaço onde pretendem atrair novos públicos que se juntem a mesma causa: pensar a vida cultural daquele edifício depois da requalificação.

Recorde-se que o projecto visa reabilitar o convento e abri-lo à visitação, repondo a coesão espacial de um conjunto monumental que integra ainda a Igreja de S. Francisco/S. Jerónimo, Mausoléu de São Frutuoso, classificado como monumento nacional.

O programa base da operação integra a abertura do monumento à visitação interpretada, com circuito que inclui os dois primeiros pisos do convento, o mausoléu, a igreja e a sacristia, e a construção de um Centro de Documentação nos domínios da arqueologia, arquitectura e história.

O centro acolherá ainda uma biblioteca especializada e o núcleo de apoio ao convento da unidade de arqueologia da UMinho, que assegurará o serviço educativo e a produção actualizada de conteúdos para complementar o circuito de visita.

O Convento de São Francisco “passará a ser num equipamento polivalente, aberto à população, assumindo-se como um polo de difusão do conhecimento e também como ponto turístico de qualidade”, descreve a autarquia bracarense.

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Elsa Moura
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