Mosteiro de Tibães apaga a luz para escutar Sofia Saldanha

A obra de Sofia Saldanha pode ser escutada, na tarde deste sábado, no Mosteiro de Tibães. O Projeto ‘Passeio das Virtudes’ é promovido pelo Grupo de Amigos do Mosteiro de Tibães, dirigido por Ana Cláudia, ela que na conferência de imprensa de lançamento da iniciativa, esta quinta-feira, recordou o surgimento do mesmo. 


Tudo começa com a formação avançada em psicologia positiva da Universidade Católica, na qual os estudantes escrevem histórias relacionadas com a ‘virtude em arte’, convertidas, entretanto, em versões literárias apresentadas nos espaços do Mosteiro de Tibães. Assinalando que o espaço “tem uma presença dominante de virtudes”, nomeadamente o escadório da cerca “lindíssimo, que merece ser reconhecido” e que apresenta “as fontes alusivas às quatro virtudes cardeais e as fontes alusivas às três virtudes dialogais”, Ana Cláudia lembra outra zona relacionada com o tema, as imagens presentes na sacristia.

A segunda edição do Passeio das Virtudes aconteceu em julho com sete histórias contadas à medida que se circulava pelos diferentes espaços. Para este sábado à tarde está programada uma primeira extensão, dedicada à arte do som e do silêncio, através da obra de Sofia Saldanha, antiga radialista da RUM. Lembrando que a protagonista, desaparecida em 2022, fazia parte do Sindicato de Poesia e com uma obra “importantíssima e muito pertinente no domínio da arte do som e do silêncio”, produzindo documentários que “descartam a imagem para valorizar a palavra”, Sofia Saldanha “conduz-nos através dos tempos, a lugares e à vida de pessoas”, explica. “Passos sonoros e sensoriais que estimulam a nossa sensibilidade, como por exemplo a experiência sensorial de uma trovoada e, a ideia que temos, é que estamos lá”, descreve ainda.

António Durães, do Sindicato de Poesia ao qual Sofia Saldanha pertencia, antecipa uma tarde “diferente”, precisamente pelas particularidades da iniciativa que decorrerá no Auditório da Cavalariça do Mosteiro. “É um espaço de silêncio este, onde podemos, acho eu, usufruir com uma calma suplementar as histórias que ela vai contar sendo que uma delas fala precisamente sobre trovoadas. Foi-me dito que estava previsto trovoar e eu estou com muita expetativa que haja mesmo trovoada porque acho que é um sítio muito bom para vermos um documentário da Sofia Saldanha. Vamos ter este espaço aquecido, portanto, vamos estar muito confortáveis a ouvir, às escuras, este documentário da Sofia”, referiu apelando à participação.

O evento conta também com a parceria do Sindicato de Poesia, do Ensemble Il Filo d´Oro e da NuguelMusic. A entrada é gratuita.

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Elsa Moura
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