Moradores do Fujacal exigem construção de muro e autarquia vai avançar com obra

Os moradores da alameda do Fujacal, em Braga, exigem que seja construído um muro num passeio de acesso a um conjunto de prédios do local.
Às portas dos prédios, e ao longo de 150 metros, está colocada uma rede que serve para substituir um muro anteriormente instalado e que foi demolido há três anos pela autarquia, por se encontrar em risco de queda.
Segundo os moradores, a rede em causa coloca em perigo quem por lá passa, num alerta auscultado esta segunda-feira por membros da concelhia do Bloco de Esquerda de Braga.
“Esta rede está aqui há três anos para impedir uma situação de perigo mas a mesma rede, por sua vez, está em risco de ruir, podendo provocar danos materiais e humanos”, disse, no local, a deputada municipal Alexandra Vieira que interrogou, de seguida: “O vereador da conservação do espaço público, João Rodrigues, vai esperar por um incidente grave para tomar alguma medida?”.
Perante a questão, a RUM contactou o vereador João Rodrigues, que garantiu que “o município vai avançar para a reconstrução do muro nas próximas semanas”, avisando, porém, que ainda não é certo a quem caberá os encargos da empreitada.
De acordo com as últimas informações obtidas pelo morador Paulo Gomes, a autarquia “ia notificar os moradores pela despesa” e que o valor em causa “não era pouco”, lamentando que o derrube do muro, há três anos, pela parte da município, tenha acontecido “sem ter sido dada qualquer notificação aos moradores”.
Às críticas do morador, o vereador João Rodrigues recorda que “quando há um muro em risco de queda iminente, o município tem poderes para fazer com que o perigo cesse”, não significando isso que “tenha de haver uma notificação aos eventuais interessados na reconstrução do muro”.
O vereador sinaliza que, enquanto as obras do novo muro decorrerem, os serviços municipais vão tentar “entender, de uma vez por todas, se a responsabilidade [financeira] é do município ou dos moradores” e garante que, caso o encargo seja atribuído aos condóminos, “o município tem a obrigação de não arcar com a responsabilidade”, considerando que “o dinheiro público não se gasta por vontades de agentes políticos”.
