Moradores condenam abate de árvores junto ao Pavilhão das Goladas
A Associação de Moradores da Quinta das Goladas condena o abate de árvores desta semana no espaço que rodeia o recinto desportivo. Os moradores continuam a protestar o projeto de requalificação que a Câmara Municipal de Braga tem para aquele pavilhão, orçado em 1,6 milhões de euros.
Em declarações à RUM, Helena Queirós, presidente da Associação de Moradores da Quinta das Goladas, fala de um “dia triste” e garante que “as ações para impedir a concretização da obra vão continuar”.
“Uma consternação muito grande para todos os moradores ver o espaço verde reduzido a nada, reduzido a zero”, começa por dizer. “Foi um dia muito triste, principalmente porque tudo isto está a ser feito em prol de uma entidade privada contra a vontade dos moradores”, lamenta. “Tentamos de forma legal impedir que a câmara fosse para a frente com este projeto, no entanto não conseguimos obter a ajuda necessária pelas vias do Tribunal de Braga, mas estamos à espera de uma resposta da ação que ainda não terminou”, revela.
A moradora lembra o impacto ambiental que o abate de várias árvores de grande porte representa, nomeadamente no aumento do ruído. “Vivemos rodeadas por uma Via Rápida. As árvores eram, no fundo, um pulmão que nos dava um ar mais fresco e puro, além disso estamos a falar das sombras, da temperatura, do ruído que agora vai ser bastante maior e da falta de sítio para as pessoas poderem passear em família e estarem em comunidade”, lamenta.
Helena Queirós, voz dos moradores, considera que “o ideal” seria a integração do pavilhão na Escola Artística Calouste Gulbenkian numa parceria com a Junta de Freguesia de S. Victor. “Pretendíamos um local que fosse ao encontro das necessidades dos moradores. O hóquei deveria ter um espaço próprio e adequado a todas as suas necessidades noutro sítio”, conclui.
