MIRRI reconhecido com estatuto ERIC pela Comissão Europeia

A MIRRI – Infraestrutura de Investigação em Recursos Microbianos foi reconhecida com o estatuto de European Research Infrastructure Consortium (ERIC) pela Comissão Europeia. Este estatuto é atribuído às principais infraestruturas de investigação europeias em vários domínios. É agora atribuído pela 24ª vez desde 2011, sendo a primeira vez com coordenação portuguesa.
Com este reconhecimento, a MIRRI passa a ter uma estrutura legal estável, com vantagens administrativas usufruídas por organizações internacionais, contribuindo para uma maior consolidação e sustentabilidade a longo prazo.
Esta infraestrutura liderada por Portugal (Braga) e Espanha (Valência) tem como cofundadores a Bélgica, França e Letónia, como candidatos a Grécia, Itália, Países Baixos e Polónia e como observadora a Roménia, havendo outros países interessados, nomeadamente, o Brasil, Chile e Reino Unido.
Nélson Lima, cofundador da iniciativa e diretor da Micoteca da UMinho, refere aos microfones da RUM que este é o reconhecimento da maturidade do projeto. A partir de agora o projeto passa a poder gerir e organizar coleções microbianas de toda a Europa.
Neste momento, o MIRRI contabiliza mais de 400 mil microrganismos catalogados, sendo que nas próximas semanas estará disponível uma coleção com 200 mil exemplares com material genético, os denominados plasmídeos, que podem possuir fatores de virulência ou de destoxificar ambientes contaminados.
A inauguração da sede da MIRRI, instalada no complexo três do campus de Gualtar da Universidade do Minho, está prevista para setembro.
Agregando mais de 50 centros, institutos e coleções de culturas, a MIRRI serve as comunidades da biociência e da bioindústria, facilitando o acesso à mais ampla gama de microrganismos de alta qualidade e seus derivados, além de dados e serviços associados, com foco especial nas áreas de saúde, alimentação, agroalimentar, meio ambiente e energia.
