Ministro da Economia garante “todo o apoio” ao projeto do MarUMinho

O Ministro da Economia e do Mar garante “todo o apoio” ao projeto do novo polo da Universidade do Minho, apelidado MarUMinho – Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha da Universidade do Minho.
Há 10 anos que o Município de Esposende tem vindo a tentar dar uma nova vida à Estação Radionaval da Apúlia, desativada em 2001. No total, a autarquia já terá investido 1,5 milhões de euros em todo o processo de aquisição do terreno e elaboração do projeto do MarUMinho. A estimativa é que sejam necessários, agora, entre 12 a 15 milhões de euros para criar este polo multidisciplinar.
Questionado pela RUM sobre se já está garantida alguma linha de financiamento para concretizar este que, António Costa e Silva reconhece como de interesse nacional, o ministro declara que o Portugal 2030 poderá ser uma das soluções, contudo, frisa que não deverá ser a única.
“Temos de encontrar todos os meios e soluções possíveis para ajudar a desenvolver este projeto que é essencial para o futuro do país, estabilização dos oceanos e desenvolvimento de novas fileiras para a economia nacional, desde logo ligadas à saúde, ambiente, alimentação, entre outros”, defende.
Questionado pela RUM sobre a possibilidade deste vir a ser um projeto financiado pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, António Costa e Silva diz ser “difícil”, visto que qualquer alteração no plano é complexa.
Prestes a abandonar as pastas da Economia e do Mar, António Costa e Silva diz, no entanto, que está a preparar a transição de vários projetos prioritários para o país, de modo a que independentemente da cor política que governe Portugal, a partir de 10 de março, pouca diferença faça no que toca à evolução e inovação da economia portuguesa.
É previsto que o Estado instale no local uma estrutura associada à implementação do Sistema Nacional de Comunicações de Socorro e Segurança Marítima, que é vertente de informação e comunicações do Serviço de Busca e Salvamento Marítimo.
Presidente do Município de Esposende acredita que MarUMinho pode ser uma realidade até 2028.
Em breve será firmado um acordo final entre o Município de Esposende e a Universidade do Minho. O presidente Benjamim Pereira está convicto que entre 2027 e 2028 seja possível ter em funcionamento este novo ativo da região.
Quanto a mecanismos de financiamento, não põe de parte a possibilidade de contrair um empréstimo junto do Banco Europeu de Investimento para ver realizado este “sonho antigo”.
O autarca confessou também que não acredita que todas as obras previstas no PRR sejam executadas no tempo previsto, logo o Mar UMinho poderá beneficiar destas verbas.
Reitor da Universidade do Minho fala num projeto “transformador”.
O reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, fala num projeto sólido e com potencial transformador, nomeadamente, no que toca à proteção e conservação das zonas costeiras, combate à poluição assim como aumentar o conhecimento científico sobre o oceano.
Questionado pela Universitária, o responsável máximo da instituição de ensino superior minhota avança que irá apresentar uma candidatura ao Portugal 2030. Por outro lado, as conversações no sentido de sensibilizar a CCDR-Norte também já estão em marcha.
Rui Vieira de Castro sublinha que a ideia não é que o MarUMinho seja uma ilha, mas sim, integre uma rede mais alargada de centros da região de Aveiro, Porto, Viana do Castelo e também da Galiza.
Rui Vieira de Castro diz se “otimista” em relação ao futuro, sendo certo que a academia não irá baixar os braços na procura de financiamento para o MarUMinho. “Agora o que necessitamos é que sejam fornecidas condições para executar o projeto”, declara.
Projeto do MarUMinho prevê a reabilitação e construção de dois novos edifícios.
O projeto do MarUMinho prevê a reabilitação dos antigos edifícios da Estação Radionaval, nomeadamente, a cantina, habitações e piscina. Este último irá permitir a realização de testes a equipamentos, veículos subaquáticos e comunicações. Além disso, está prevista a construção de dois novos edifícios: um com 4 mil metros quadrados e dois pisos onde irão nascer laboratórios; o segundo com metade da dimensão, estará direcionado para a incubação de empresas, spinoffs e startups ligadas à economia azul, indústria alimentar, energias renováveis, cosmética e farmacêutica, mas também nos têxteis ou design de produtos.
