Ministra diz que as camas “não se fazem de repente”

Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior disse este domingo, na TSF, que o governo está a trabalhar no sentido de disponibilizar mais camas para estudantes universitários e lembrou que os atrasos nalgumas situações se devem a um conjunto de fatores que o governo não controla.
Das 15 mil novas camas previstas em todo o país, via PRR, apenas 1000 devem estar disponíveis até ao final de 2023, mas a governante não fala em falhas. “O processo teve início no anterior Governo e demorou algum tempo a identificar o património que existia em Portugal e que pudesse ser reabilitado para residências. E na altura não existia o pacote financeiro necessário para fazer face a todo este investimento. Tivemos a possibilidade de ter esse reforço através do PRR. No entanto, quando o PRR e, neste caso, a parte do alojamento, foram desenhados, não havia uma guerra. E tudo isso gera atrasos”, argumenta.
O Governo aguarda ainda por uma resposta da Comissão Europeia ao pedido de reforço de verbas do PRR para a construção de residências com o objetivo de cobrir parte do aumento dos custos. “Durante o mês de agosto, visitei uma série de obras, estive no Algarve, em Lamego, em Coimbra, em Barcelos, estive no Porto. Na próxima semana, vamos inaugurar mais uma residência de estudantes, a segunda no Porto. Até ao final deste ano, ou até antes, temos que ter mais 1100 camas. As camas não se fazem de repente, estamos a acompanhar 131 projetos de muito perto”, acrescentou.
A governante disse desconhecer instituições que estejam a abandonar projetos, sustentando que “os atrasos que há no âmbito das residências universitárias têm a ver com licenciamentos, com alguma burocracia, não há nenhuma que esteja com problemas por não ter empreiteiros”.
c/TSF
