Ministra da Saúde reconhece “tropeções” na vacinação

No arranque do processo de vacinação dos bombeiros, a ministra da Saúde reconheceu, há pouco, que os passos dados na vacinação contra a Covid-19 “às vezes têm tropeções” que o Governo gostaria de evitar. Mas sublinhou que o país está a caminho do objetivo de vacinar 70% da população até a final do verão.

Embora reconhecendo que podem existir “tropeções” no caminho, a ministra garantiu empenho na nova fase que agora começou, de vacinação dos profissionais dos serviços essenciais, aqueles que estão “envolvidos no socorro através das corporações de bombeiros”, e da população com mais de 80 anos ou que tem entre 50 e 79 anos e comorbilidades.

Marta Temido insistiu que, apesar da vacina, as restantes medidas de proteção contra o vírus “não podem ser descuradas”. Há que manter as regras de saúde pública, “mesmo após a vacinação”: o distanciamento físico, o arejamento dos espaços, a utilização de máscaras e a higienização das mãos.

“A vacina ajuda a proteção, mas não é um escudo completo”, frisou a ministra.

“É bom estarmos vivos e é bom conseguirmos caminhar”, concluiu.


Mais de 100 mil portugueses já receberam as duas doses

“Gostaríamos de ter dez milhões de vacinas já disponíveis”, para administrar a todos os portugueses, mas não sendo possível, nesta nova fase de vacinação as prioridades estão definidas: funções essenciais do Estado, começando pelos bombeiros, e pessoas com mais de 80 anos.

Mais de 300 mil portugueses já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e mais de 100 mil já receberam duas doses, completando o processo de vacinação.


Cerca de 15.000 bombeiros voluntários, sapadores e municipais começam hoje a ser vacinados contra a covid-19, num processo que se vai prolongar durante as próximas duas semanas.

O Ministério da Administração Interna argumenta, numa nota, que a ordem de vacinação destes 15.000 bombeiros foi definida com base em critérios operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e abrange o universo de voluntários, sapadores e municipais.

O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, aceita que a prioridade vá para os bombeiros os que lidam diretamente com a covid-19, mas pede que “todos sejam vacinados”.

Já o presidente da Liga dos Bombeiros diz não concordar que só 15 mil bombeiros sejam vacinados nesta fase, o que corresponde a cerca de 50% do dispositivo nacional dos bombeiros.

Jaime Marta Soares considera que a força é “um todo” e apela a que a vacinação dos restantes bombeiros seja “no imediato”, por exemplo, quando arrancar a administração da segunda dose da vacina nos bombeiros que agora começam a ser vacinados.

O Ministério tutelado por Eduardo Cabrita indica que os locais de vacinação, em vários concelhos de cada um dos 18 distritos do continente, foram estabelecidos de acordo com a distribuição geográfica dos 15.000 bombeiros.

De acordo com o MAI, Lisboa e Porto são os distritos com mais bombeiros que vão ser vacinados contra a covid-19, 2.181 e 1.916 respetivamente, seguido de Viseu (1.025), Aveiro (958), Coimbra (945), Leiria (945), Braga (910), Santarém (842), Setúbal (829) e Vila Real (687).

No distrito da Guarda vão ser vacinados 644 bombeiros, em Faro 617, em Castelo Branco 500, em Bragança 477, em Portalegre 388, em Viana do Castelo 347, em Beja 358 e em Évora 326.

O início do programa de vacinação dos bombeiros decorreu no Centro de Saúde da Damaia, no concelho da Amadora, contando com a presença dos ministros da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da Saúde, Marta Temido, da secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, e do secretário de Estado Coordenador para o combate à pandemia na Região de Lisboa e Vale do Tejo, Duarte Cordeiro.

C/RTP e TSF

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