Ministra da Saúde confirma curva em fase de planalto mas pede “cautela”

Na conferência de imprensa diária sobre a evolução da Covid-19 em Portugal, Marta Temido adiantou que a curva epidemiológica já atingiu uma fase de planalto. No entanto, alerta que se tratam de dados “muito preliminares” e, por isso, pede que sejam “interpretados com cautela”.

Olhando para o crescimento do número de pessoas infectadas no país, a ministra da Saúde fala numa “constatação geral”, visível ao longo dos últimos dias, que permite fazer, neste momento, essa análise. A governante destaca, ainda assim, o carácter volátil da situação, referindo que ninguém se pode “distrair”. “Todos os nossos esforços precisam de continuar a ser no sentido de reduzir a transmissão”, acrescenta.


Neste momento, Portugal regista 15.987 casos confirmados de infecção e 470 mortes. Alguns autarcas queixam-se da indisponibilidade de delegados de saúde em fornecer dados.

Sobre essa questão, Marta Temido garante que “não há qualquer proibição de partilha de informação, mas sim um apelo claro a que todas as entidades que integram o Ministério da Saúde se concentrem no envio de informação atempada e consistente para o nível nacional”.

A ministra apela às autoridades locais e regionais que “não deixem de partilhar as informações com as entidades com quem articulam” e que “tenham a preocupação de aferir relatórios e boletins” com a Direção-Geral da Saúde. Marta Temido alerta ainda que a divulgação de casos pontuais em regiões onde não poucos doentes poderá “violar o segredo estatístico”, colocando, assim, em causa a privacidade das pessoas.



SNS não vai pagar a doentes que recorram voluntariamente ao privado

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou este sábado o Ministério da Saúde sobre a existência de algum acordo com os hospitais privados para que o Estado fique responsável pelo pagamento de todas as despesas relacionadas com doentes com Covid-19.

Abordando directamente a pergunta, que foi reproduzida por uma jornalista, Marta Temido explica que os privados podem ser utilizados para completar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que, nesses casos, já foram aprovadas cláusulas contratuais gerais que regem essa colaboração. No entanto, esclarece que o SNS não vai pagar a factura aos doentes infectados com o novo coronavírus que tomem a decisão de ir aos privados.


“O que ninguém entenderia é que o SNS fosse, de repente, responsável pelas despesas de doentes que se dirigiram, por sua livre vontade, a prestadores privados. A porta de entrada é a Linha Saúde, como sempre dissemos”, explica.

Na conferência de imprensa foi divulgado ainda, desta feita por Graça Freitas, directora-geral da Saúde, que há 1.849 profissionais de saúde infectados em Portugal: 488 enfermeiros, 276 médicos e 1.085 que desempenham outras funções nesta área. 

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Tiago Barquinha
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