Ministra admite que intervenção na Igreja de Santa Marinha da Costa “é uma emergência”

A ministra da Cultura reconhece que a Igreja de Santa Marinha da Costa, em Guimarães, necessita de uma intervenção urgente. Dalila Rodrigues esteve, na sexta-feira, na cidade berço para assinar dois protocolos, com vista à reabilitação do património vimaranense.
O estado de degradação em que se encontra a igreja de Santa Marinha da Costa, classificada como uma “intervenção prioritária”, desde 2022, pela Direção Geral de Cultura do Norte, implica que as obras arranquem ainda este ano, nomeadamente a substituição da cobertura. De acordo com a ministra, a empreitada será financiada através de “um fundo de salvaguarda, de que dispõe o património cultural para situações de emergência”. Depois de ter visitado a igreja, a ministra reconheceu que a intervenção naquele espaço é uma “emergência”. “A cobertura deveria ter sido substituída já na altura da intervenção do arquiteto Fernando Távora na Pousada, porque é um gosto ver aquele património adjacente à Igreja reabilitado, mas a Igreja ficou para trás e não podia ter ficado”, criticou. Por isso mesmo, este ano, “com toda a urgência, a cobertura vai ser lançada através do fundo de salvaguarda”, afirmou.
O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, lembrou os responsáveis de que “não é suficiente evitar as infiltrações”, uma vez que o património “precisa de uma intervenção de fundo”.
O presidente do Património Cultural – IP, João Soalheiro, garantiu que os problemas relativos à igreja “se vão resolver”.
O outro protocolo assinado envolveu ainda o ministério da Defesa, Instituto Público – Património Cultural, , Município de Guimarães e a Fundação Aljubarrota e tem como objetivo a reabilitação do Padrão de D. João I (Padrão de São Lázaro), alvo de vandalismo e destruição em agosto de 2024, que terá um custo de cerca de 30 mil euros. “É necessário restituir a integridade material a uma peça, que tem uma importância histórica e identitária fundacional para a História de Portugal”, afirmou Dalila Rodrigues, dando nota de que esta será uma intervenção “complicada e demorada”.
Os protocolos assinados entre o Governo e a Câmara de Guimarães têm como objetivo “a valorização, o restauro, a proteção, a interpretação e a mediação de todo o património histórico, arquitetónico, arqueológico”. “Será fundamental que este memorando tenha depois efeitos concretos”, finalizou a ministra da Cultura.
