Metade dos funcionários dos TUB aderiram à greve da função pública

Metade dos trabalhadores dos Transportes Urbanos de Braga (TUB) estão hoje em greve, na sequência do protesto marcado pela Frente Comum.
Nos TUB, o protesto começou esta madrugada, às 5 horas, e, segundo fonte da administração da empresa municipal, a greve contribuiu para “algumas perturbações nas carreiras”, mas o impacto não é tão visível por força do encerramento de algumas escolas do concelho, minimizando as necessidades de transporte escolar.
Os trabalhadores reivindicam um aumento geral dos salários e a revogação do SIADAP, sistema que avalia o desempenho na administração pública.
Em frente à sede dos TUB, por volta das 8 horas, eram quatro os funcionários em protesto. À RUM, o funcionário e o membro do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Manuel Sousa, avançou que a adesão à greve foi de “50%” e que “poderia ser maior se não fosse o facto de alguns dos novos motoristas estarem em contrato a termo, de seis meses, e terem um receio natural [para se juntarem ao protesto].
O sindicalista referiu que os funcionários exigem, com a greve, “um aumento geral de 90 euros nos salários”, defendendo, ainda, que “no final da atual legislatura o salário mínimo suba para os 850”.
Além dos salários, os funcionários reinvidicam a revogação do SIADAP – Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública – por considerarem que a plataforma “é injusta” por travar “o avanço das carreiras”.
“Com o SIADAP, a progressão das carreiras passou a ser de dez em dez anos. Defendemos que haja avaliação de desempenho mas sem quotas. Dou um exemplo: um trabalhador com perto de 30 anos de serviço ganha o salário mínimo, 665 euros, e um trabalhador que entre hoje para as mesmas funções vai ganhar o mesmo. Não é justo”, criticou.
