Metade das empresas associadas da ACB está em lay-off
Cerca de 50% dos associados da Associação Comercial de Braga, a grande maioria ligados aos sectores da restauração e hotelaria, já recorreu ao lay-off. Outros associados, mais recentes, ficaram impossibilitados de se candidatar a este e outros mecanismos tendo em conta a sua débil situação financeira.
Ontem à noite, em entrevista ao programa Campus Verbal, Rui Marques, director-geral da ACB explicou que nas respostas obtidas a um questionário lançado aos associados, “50% das empresas estavam em lay-off”, um indicador “muito semelhante àquele que foi dado a conhecer pelo INE num questionário feito na semana anterior”. Rui Marques assume que é um valor “perfeitamente normal” tendo em conta que grande parte dos associados da ACB “são dos sectores que foram obrigados por determinação legislativa a encerrar”.
Os projectos mais recentes, sobretudo na hotelaria e restauração estão numa situação ainda mais frágil. Para poderem recorrer às linhas de crédito e moratórias bancárias, devem ter, além da situação regularizada com o Estado, uma situação líquida positiva. Quando não se verificam estas condições, e tendo em conta que muitos projectos na sua fase inicial não conseguem obter lucros, “estas empresas que já estão em dificuldades, mais abandonadas ficam, mais risco acarretam de eventualmente poderem não resistir a este período”, lamenta.
Cada dia que passa aumenta o risco da sustentabilidade das empresas e por isso, Rui Marques exige que “as medidas do Governo cheguem de forma eficaz”. “Até à presente data não há nenhuma operação aprovada. Se houve dificuldades em pagar salários no mês de Março em que ainda trabalharam cerca de quinze dias, no mês de Abril, se este dinheiro não chega, vai ser dramático para um conjunto alargado de empresas”, avisa.
