Melinha. A adepta que seguia o SC Braga para todo o lado e que sonhava ver o clube campeão

Assistiu ao surgimento do Estádio 1º de Maio (na altura ‘Estádio 28 de Maio’), inaugurado em 1950, esteve na primeira conquista da Taça de Portugal, em 1966, e marcou presença na final da Liga Europa, em 2011. A história de Amélia Morais, popularmente conhecida como Melinha, que faleceu esta segunda-feira, confunde-se com o palmarés e os feitos alcançados pelo SC Braga.
Tinha apenas nove anos quando viu o primeiro jogo do seu clube, na altura no terreno pelado do Campo dos Peões. O primeiro de muitos. “A minha mãe queria que eu lavasse a louça, passasse a roupa a ferro e eu tinha de fazer tudo muito depressa porque queria ir ver o Braga”, contou em entrevista para o documentário ‘Fé de Braga’, emitido pela NEXT em 2019.
Melinha viajou pela Europa fora a apoiar o ‘seu’ Braga e até chegou a ser confundida com a Rainha de Inglaterra, Isabel II. O amor pelo clube nunca conheceu fronteiras, mesmo com os obstáculos que foram aparecendo, e teve apenas um pequeno interregno, de quatro meses, em 1986, quando o marido faleceu.
Nesse documentário recordava com saudade o seu companheiro, com quem “seguia o Braga para todo o lado, até mesmo na segunda divisão”.
Poucos jogadores – ou até mesmo nenhum – da história do emblema bracarense podem gabar-se de serem mais conhecidos do que Melinha, que dizia que estava “casada com o Braga”. Tinha o sonho de ver o clube sagrar-se campeão nacional.
