Greve dos médicos vai ter impacto nos hospitais e centros de saúde do Minho

Os médicos da região Norte iniciaram à meia-noite uma greve que se vai prolongar até às 23h59 de quinta-feira. Prevê-se que a adesação a esta paralisação cause constrangimentos nos hospitais e centros de saúde do Minho, nomeadamente Braga, Guimarães, Barcelos e Famalicão.
Estão abrangidos nesta greve os hospitais e agrupamentos de centros de saúde não abrangidos pela greve que decorreu nos dias 6 e 7 deste mês.
“A principal reivindicação dos médicos que teima em não ser atendida é simples: que o Governo reveja a grelha salarial dos médicos de forma transversal e abrangendo todos. Somos uma classe profissional essencial, mas sempre penalizada”, disse o secretário regional do SIM Norte, Hugo Cadavez.
Em declarações à agência Lusa, Hugo Cadavez disse que o SIM “não teve opção senão manter a greve” dada a “resistência do Governo em atender reivindicações básicas e justas”.
“Estamos a falar de uma perda do poder de compra de cerca de 20% nos últimos 10 anos por parte dos médicos. Estamos a falar de os médicos serem o único grupo da função pública, para além dos investigadores, que viu o ganho mensal diminuir. Estamos a falar de uma comparação com os restantes países da OCDE onde o ganho médio mensal dos médicos aumentou e em Portugal não, alias é o país onde a remuneração mais diminuiu”, resumiu.
Hospitais e centros de saúde afetados pela greve
A paralisação, segundo o SIM, terá impacto no Centro Hospitalar Universitário de Santo António, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, Hospital da Senhora da Oliveira — Guimarães, Hospital de Braga, Hospital Santa Maria Maior — Barcelos, Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, Centro de Medicina Desportiva do Porto e Departamento de Saúde Pública da ARS Norte.
Também estão abrangidos por esta greve agrupamentos de centros de saúde: ACES Alto Ave — Guimarães, Vizela e Terras de Basto, ACES Ave / Famalicão, ACES Cávado I — Braga, ACES Cávado II — Gerês / Cabreira, ACES Cávado III — Barcelos / Esposende, ACES Entre Douro e Vouga I — Feira e Arouca, ACES Entre Douro e Vouga II — Aveiro Norte, ACES Grande Porto II — Gondomar, ACES Grande Porto V — Porto Ocidental, ACES Grande Porto VII — Gaia e ACES Grande Porto VIII — Espinho / Gaia.
No site do SIM lê-se que “a presente luta dos trabalhadores médicos visa fazer com que o Governo dê uma resposta efetiva ao caderno reivindicativo sindical, visa também o urgente encerramento da atividade da mesa negocial constituída entre o Governo e o SIM”.
