Marcelo solidário com Costa. “Este é um problema de toda a Europa”

O Presidente da República mostrou-se esta sexta-feira solidário com a posição de António Costa relativamente à atitude conservadora da Holanda para combater o coronavírus na União Europeia. Depois de um encontro com a bastonária da Ordem dos Enfermeiros e com o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Marcelo referiu que os passos dados pela Europa “são ainda insuficientes e escassos”.
“Infelizmente, [o Conselho Europeu] não deu passos nos Eurobonds, que Portugal tem defendido. Há países que têm resistido a passos mais claros, menos tímidos. Considero que é um erro essa resistência porque é nos momentos cruciais que se vê a capacidade de afirmação das instituições. É esta crise é um momento essencial para ver se a Europa quer ser mesmo corajosa, determinada e virada para o futuro. Esta crise serve para ver se a Europa tem coragem ou quer esperar três meses”, alertou.
Em relação à pouca solidariedade de países como a Holanda, o chefe de Estado avisa que “este não é um problema de uma economia ou de um país, é um problema de toda a Europa, que está a enfrentar o vírus”.
“Estou obviamente solidário [com António Costa], no sentido de considerar que, não podemos aceitar que haja, num processo que deve ser de unidade, atuações que, num momento crítico para o mundo e a Europa, enfraqueçam a Europa”, assinalou Marcelo Rebelo de Sousa.
É necessário “reforçar meios de proteção”
Depois de receber a bastonária da Ordem dos Enfermeiros em Belém, Marcelo admitiu que “é necessário reforçar meios de protecção” destes elementos e também as forças de segurança.
“Tudo tem de ser feito para proporcionar os meios de resposta. Mais ventiladores, mais cuidados intensivos, mais disponibilidade de camas e mais equipamento”, alertou o Presidente, dizendo que é fundamental “para responder a uma pressão acrescida” durante um “período longo”.
