Marcelo admite 30 mil infectados no país

O Presidente da República avisou esta noite, na declaração ao país sobre a renovação do Estado de Emergência, que os números de infectados vão chegar às dezenas de milhares, mas que serão as próximas semanas as mais definitivas que haverão também dezenas de milhares de vidas salvas.

“Sejamos verdadeiros: vai custar a ver os números de infectados atingir as duas ou três dezenas de milhar até ao dia 17? Vai, mas o que importa é sabermos que o número de testes está a aumentar, e bem“, referiu.

Numa declaração em que utilizou várias vezes a expressão ‘caderno de encargos’ para enfatizar o esforço conjunto dos portugueses nesta fase, Marcelo referiu que o primeiro período do Estado de Emergência ganhou tempo para responder ao surto e responder a medidas económicas. Agora, referiu, é preciso “ganhar a segunda fase”. O Presidente quer “pôr no terreno” os apoios sociais e económicos mais “urgentes”. 

O Presidente da República definiu “cinco objectivos fundamentais”.

O primeiro desses objectivos passa por “proteger reforçadamente os grupos de maior risco, onde quer que vivam, ou se encontrem, em suas casas, em nossas casas, nos lares, em residências sociais ou, na rua, sem tecto e sem abrigo”. Desta frente, destaca, “pode depender, decisivamente, o sucesso na segunda fase e o passarmos mais depressa ou mais devagar à terceira”.

Como segundo objetivo, o Presidente diz que é preciso “utilizar, com bom senso e rigoroso critério, a abertura da renovação do estado de emergência para prevenir situações críticas de saúde pública nos estabelecimentos prisionais, em particular na população de maior risco ou vulnerabilidade”. E aqui admite conceder indultos: “A Assembleia da República, Governo e poder judicial terão uma palavra a dizer, a que o Presidente da República juntará a sua, exercendo o poder constitucional de indulto”.

Em terceiro lugar, o Presidente destaca que é preciso combater “a lassidão, cansaço, ansiedade, na Páscoa” e pede que os portugueses não troquem “uns anos na vida e na saúde de todos, por uns dias de férias ou reencontro familiar alargado de alguns.” Marcelo está ao lado das “medidas extraordinárias do Governo, medidas a que o estado de emergência dá força acrescida, limitando a circulação de pessoas, de fora, para fora e cá dentro na época pascal”.

O quarto objetivo definido por Belém é “pedir aos nossos compatriotas, que, de fora, quiserem vir, que entendam as restrições severas que cá dentro adotaremos para a Páscoa e repensem, adiando os seus planos, como todos nós adiamos os nossos, a pensar na pátria comum.”

Por último, Marcelo destaca que é preciso “definir os vários cenários para o ano lectivo, em calendário, ensino e avaliação, atendendo à evolução da pandemia em Abril.” E recorda que esta é “mais uma das opções do Governo, na sua exigente missão nacional, que o primeiro-ministro comunicará ao País no dia 9.”

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