ICVS descobre nova classe de antimaláricos

O Instituto de Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) da Universidade do Minho (UMinho) descobriu uma nova classe de fármacos com propriedade de antimaláricos. O anuncio foi feito pelo investigador da Escola de Medicina que garantiu, aos microfones da RUM, que “ainda este mês será submetida uma patente”. Pedro Ferreira, convidado desta quinta-feira do UM I&D, frisa que é possível iniciar este ano os testes clínicos. 

O que é a malária? 


Trata-se de uma patologia que é transmitida através da picada de um mosquito. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2018 foram registados cerca de 228 milhões de casos de malária no Mundo e 405 mil mortes. A doença afecta principalmente cidadãos africanos e asiáticos. 

Pedro Ferreira sublinha que existem aproximadamente 250 mil casos de aborto devido a malária. Para além disso, é uma das principais razões para que 50% das crianças não frequentem a escola. 

Combinação de fármacos mostra-se eficaz no combate à malária


Em Dezembro de 2019, Pedro Ferreira viu um artigo sobre a problemática da resistência dos parasitas aos antimaláricos publicado na Lancet. A resposta está no facto do parasita arranjar mecanismos “moleculares” de defesa aos fármacos. Contudo, a equipa do ICVS conseguiu chegar a uma solução. “O parasita torna-se resistente à piperaquina mas fica sensível à mefloquina, e vice-versa”, explica. 

Equipa do ICVS e do INL está a desenvolver um novo teste diagnóstico.

A Universidade do Minho recebeu o apoio financeiro, na ordem dos 100 mil euros, do programa Horizonte 2020 Attract. O objectivo passa por em parceria com o INL desenvolver um teste diagnóstico “não invasivo” através de sensores de grafeno.  “O INL é uma referência no fabrico e elaboração de chips de grafeno”, declara.

O teste será feito através da “saliva” do paciente, uma vez que está provado que “quando uma pessoa está infectada com malária contém fragmentos do seu ADN na saliva”.

Pedro Ferreira revela aos microfones da RUM que a grande meta para este ano passa pela criação de um protótipo e, posteriormente, avançar com a elaboração de testes quer em Portugal como em Angola e Moçambique. Uma forma de “avaliar” se o dispositivo é eficaz. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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