Mais de duas mil pessoas passaram pela Noite Europeia dos Investigadores em Braga

Mais de duas mil pessoas passaram pela Noite Europeia dos Investigadores, em Braga, na última sexta-feira. Trata-se de um número recorde, que já era previsto pela organização, uma vez que a iniciativa, organizada pela Escola de Ciências da UMinho, ganhou um novo espaço dentro das instalações do Forum Braga. O pavilhão, com mais de cinco mil metros quadrados, permitiu acolher mais atividades e participantes. Estiveram envolvidos 800 investigadores em cerca de 180 atividades.
“Eu atrevo-me a dizer que Braga se transforma no epicentro da celebração da ciência, do conhecimento e da inovação a norte de Portugal seguramente e, muito provavelmente, no noroeste peninsular”, apontou José Manuel Méijome, presidente da Escola de Ciências.
O responsável acredita que este tipo de iniciativas permite à universidade chegar a diferentes públicos, que, depois, consegue captar. A NEI é uma oportunidade para “mostrar à sociedade aquilo que de melhor se faz na universidade e nos centros de investigação”.
A sustentabilidade esteve no centro das atenções durante a Noite Europeia dos Investigadores e José Manuel Méijome admite que este é um dos temas que preocupa a comunidade científica. “Se queremos baterias para alimentar os nossos gadgets, os nossos equipamentos, os nossos carros, nós precisamos de fazer prospeção geológica. Precisamos de novas ideias de química e de física que permitam que essas baterias sejam mais eficientes. A matemática, através de tudo o que hoje conhecemos como a ciência de dados, a inteligência artificial, vai tornar esse processo muito mais acelerado”, denotou o presidente da ECUM, apontando a sustentabilidade como um tema transversal a todas as áreas.
O reitor Rui Vieira de Castro considera que a UMinho tem sabido “interpretar muito bem a ideia generosa que esteve na base da Noite Europeia dos Investigadores”, dando “expressão àquilo que é a atividade de um setor, dos seus atores, dos investigadores, sinalizando a relevância daquilo que fazem e procurando também atrair outras pessoas, significativamente jovens, tornando-os sensíveis àquilo que são as virtudes, as potencialidades, o interesse, que neles pode ser despertado pelo confronto com a experiência dos investigadores que estão já no terreno”.
A NEI, acrescentou o reitor, “é relevante para o alargamento das fronteiras do conhecimento humano, mas também para o desenvolvimento social, económico, cultural da sociedade”.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, marcou presença na NEI, na noite de sexta-feira.
