Mais de 62 mil estudantes candidataram-se ao Ensino Superior

Candidataram-se 62.675 estudantes à 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) ao ensino superior
público no ano lectivo de 2020-2021, anunciou esta segunda-feira o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Em causa está um aumento de 113 384 candidatos face a 2019, que, até ao mesmo momento, tinham-se candidatado 51.291 estudantes.
Recorde-se que, para o ano lectivo que está prestes a iniciar, há apenas disponíveis 51.408 lugares.
Em todos os ciclos de estudo, o ministério do Ensino Superior estima que “em todos os ciclos de estudos, públicos e privados, atinja cerca de 90 mil novos estudantes”, o que representará um aumento de seis mil estudantes comparativamente ao ano passado (84 mil).
Este aumento significativo e as notas altas obtidas nos exames do final do secundário, significam que as médias de acesso deverão também subir.
Segundo o ministério tutelado por Manuel Heitor, o número de candidatos deste ano “é o mais elevado desde 1996″. “O aumento de candidatos nesta fase do acesso ao ensino superior público representa um sinal de confiança dos jovens e das suas famílias na formação superior e nas suas instituições, bem como nas vantagens
decorrentes da qualificação superior, especialmente no contexto da crise internacional emergente associada
à COVID-19. O aumento inédito do número de candidatos promove o alargamento da base social de apoio do
ensino superior e é um sinal muito significativo para a qualificação progressiva da população residente em
Portugal”, lê-se na mesma nota.
Os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso são divulgados na segunda-feira, 28 de Setembro.
Apesar de em 2020 e pela primeira vez em Portugal, metade dos jovens de 20 anos estarem a estudar no
ensino superior (enquanto eram 40% em 2015 e menos de 30% em 2000), as metas para as quais Portugal se
deve orientar no contexto Europeu exigem atingir uma taxa média de frequência no ensino superior de 6 em
cada 10 jovens com 20 anos até 2030, assim como alargar as qualificações de toda a população, garantindo
atingir 40% de graduados de educação terciária na faixa etária dos 30-34 anos até 2023 e 50% em 2030.
