“Maior conquista da candidatura a Capital Verde é ter cidadãos mais conscientes”

Guimarães está confiante que será Capital Verde Europeia em 2026. Na corrida final estão as cidades de Heibronn, na Alemanha, e Klagenfurt, na Áustria. A vencedora será anunciada por volta das 13h30, em Valência, Espanha, cidade que este ano detém o título.
A RUM conversou com Adelina Paula Pinto, vice-presidente e responsável pelo dossier da candidatura, que garante acreditar que a cidade berço irá conquistar o título, uma vez que apresentou “uma boa candidatura”. Contudo, numa análise às duas cidades rivais confessa que são concorrentes “fortes”.
Não é uma candidatura de um ano. Acredito que reflete o excelente trabalho que tem sido feito desde 2017, em Guimarães
A cidade berço apresentou a primeira candidatura em 2017, repetiu a intenção em 2023 e, agora, espera arrecadar o título de Capital Verde Europeia 2026. Questionada sobre as maiores alterações já visíveis no território, a governante aponta à mudança de mentalidade dos cidadãos.
“Os vimaranenses estão hoje muito mais empoderados, mais críticos e muito mais conscientes desta necessidade de ter uma outra postura perante o ambiente. Já nenhum cidadão permite, ao passar junto ao rio, que exista um vestígio de poluição”, declara. Recorde-se que na década de 80, o Rio Ave era conhecido pelos focos de poluição provocada pela indústria que devido às descargas alterava a tonalidade das águas.
“O título de Capital Verde Europeia 2026 seria Ouro sobre Azul”
Caso à terceira não seja de vez, Adelina Paula Pinto adianta que o Município tirará “um tempo para reflexão”, no entanto, isso não significa que o trabalho em prol da sustentabilidade ambiental deixe de ser uma prioridade para o executivo. “Continuaremos a ter o bolo mesmo se não tivermos a cereja”, ironiza.
O discurso volta a ser positivo realçando que em 2023 a candidatura vimaranense apresentava todas as condições para vencer, logo não fazia sentido “não ter avançado para uma segunda candidatura”.
Quanto ao prémio monetário, 600 mil euros, Adelina Paula Pinto adianta que serão utilizados para ajudar a “transmitir as boas práticas de Guimarães”, conseguir captar para a cidade berço “os principais congressos ambientais que se fazem no mundo” e, sobretudo, “inspirar outras cidades (medianas) a seguirem estes percursos”.
