Luís Aguiar-Conraria. Esta situação “não é uma surpresa completa”

Para Luís Aguiar-Conraria esta situação “não é uma surpresa completa”. Na análise à SIC Notícias sobre a mais recente crise política portuguesa, o professor da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, recorda que João Galamba já estava a ser investigado no caso do lítio e a própria Procuradoria-Geral da República tinha publicado um comunicado sobre esta matéria, antes de este ser nomeado Ministro das Infraestruturas.
Já Vítor Escária, que foi entre 2005 e 2011 assessor económico de José Sócrates, esteve envolvido em outros casos como as viagens ao campeonato europeu de futebol de 2016 pagas pela Galp. O assessor foi um dos 18 arguidos por recebimento indevido de vantagem. “Ninguém é culpado por aproximação, mas alguém que é durante vários anos o principal assessor económico de José Sócrates, o risco está lá e é evidente que as coisas podem rebentar”, afirma.
Com a queda do Governo devido ao chumbo do Orçamento de Estado, em 2021, Portugal esteve a funcionar em duodécimos durante cerca de 6 meses, por isso, o comentador desdramatiza este ponto. “Não somos os Estados Unidos da América. Temos mecanismos próprios”, sublinha.
O presidente da República irá reunir esta terça-feira com os partidos com assento na Assembleia da República e na quinta-feira com o Conselho de Estado. Caso a Assembleia da República seja dissolvida, o Chefe de Estado tem 60 dias para convocar eleições legislativas antecipadas.
