Lúcio Craveiro da Silva substitui plantas por livros e oferece-os à comunidade

A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS) está a ceder livros aos cidadãos de Braga de forma original. Para fomentar a leitura num período de isolamento social, o espaço cultural tutelado pela Universidade do Minho e pela Câmara Municipal coloca diariamente 15 a 20 obras literárias em floreiras situadas junto à fachada do edifício.

A iniciativa ‘Ler é sempre saudável: a biblioteca ajuda oferecendo’ começou há uma semana e meia. De acordo com a directora, os livros oferecidos resultam de “doações feitas por entidades ou por cidadãos, a título pessoal”. Entre literatura para adultos, jovens e crianças, a vice-reitora da Universidade do Minho, Manuela Martins, disponibilizou 300 obras. “Diariamente, os livros vão sendo levados pela comunidade. Acaba por ser um bom indício do impacto que isto pode ter”, refere Aida Alves.


Além desta iniciativa e com o espaço encerrada ao público, a BLCS tem apostado sobretudo nas encomendas online. Desde que enveredou por este caminho, na primeira semana foram emprestados 88 livros a 38 pessoas. Na segunda, que ainda decorre, “o valor total tem-se mantido”. 


Ainda assim, a directora explica que, se no primeiro caso predominou a requisição de obras de âmbito académica, desta vez tem notado “um crescimento de pedidos em termos de literatura de ficção”. “Com o aumento do conhecimento desta prática da Lúcio Craveiro, vamos ter uma tendência de maior procura deste serviço”, acrescenta.

Livros entregues à porta da BLCS

Quando a biblioteca estava a funcionar a 100%, registava-se uma média de 500 encomendas por dia, sendo que a aquisição era feita sobretudo presencialmente. Agora, para requisitar livros, o leitor tem de enviar um e-mail com os títulos que pretende. Depois, os serviços da BLCS agendam dia e hora para a entrega, à porta da biblioteca.

De modo a serem cumpridas todas as medidas de prevenção recomendadas pela Direção Geral da Saúde, Aida Alves explica que “quem pega nos livros, ou seja, quem vai buscá-los às estantes e aos depósitos, age em consonância com o que está nos planos de contingência, usando luvas e máscaras”.  “Depois, as obras são entregues numa folha A3, com os utentes normalmente a levarem caixas para os guardar imediatamente”, concretiza.

A biblioteca ofereceu também um total de 200 livros aos estudantes que se mantêm nas residências da Universidade do Minho. 

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Tiago Barquinha
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Carolina Damas
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