Livre defende espaço cultural para a Confiança: “Fazem falta sítios para a comunidade se encontrar”

O Livre defende a transformação da antiga fábrica Confiança num espaço cultural e cívico e não numa residência universitária.
A candidata do partido à Câmara e Assembleia Municipal de Braga às eleições autárquicas, Teresa Mota, visitou ontem o espaço, acompanhada de elementos da plataforma Salvar a Fábrica Confiança, e considera que o destino para a antiga saboria deve ser “um espaço onde as pessoas se possam encontrar”.
“É uma oportunidade única para ali se fazer um centro cívico e cultural. A cidade está muito dividida em termos físicos, há muitas barreiras à mobilidade, o que faz com seja difícil encontrar sítios onde as pessoas se possam encontrar”, diz a candidata à RUM.
Sublinhando que a transformação da Confiança num espaço cultural é uma ideia há muito “defendida pela comunidade bracarense”, Teresa Mota rejeita o plano de requalificar a antiga fábrica com vista a uma residência universitária por considerar que seria “um investimento demasiado oneroso”.
O projeto para transformar o edifício numa residência universitária pública foi anunciado no passado mês de julho pela Câmara de Braga e Universidade do Minho. A ideia passa por aproveitar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e aplicar 19 milhões de euros na requalificação.
“Quando vemos a estrutura do edifício, percebemos que para fazer uma residência universitária é preciso destruir tudo o que está lá dentro, o que não é, definitivamente, a nossa ideia de defesa do património”, diz a candidata do Livre, considerando que “há outros locais em Braga que podem ser utilizados para residência”.
Para o Livre, um dos espaços mais adequados para o efeito seria a já referenciada antiga Escola Secundária D. Luís de Castro ou até, “em última instância”, podiam ser “erigidas residências universitárias [de raiz] em certos locais” da cidade.
Com esta tomada de posição do Livre, aumentam as críticas dos partidos políticos sobre o destino da antiga fábrica Confiança.
PS e Bloco de Esquerda também defendem que a antiga saboaria devia ser um espaço cultural, sendo que os bloquistas apresentam, tal como o Livre, a antiga Escola Secundária D. Luís de Castro como mais adequada para residência estudantil, enquanto os socialistas priorizam, para o mesmo fim, a antiga Escola Francisco Sanches. Já a CDU é a favor da residência na Confiança mas com a garantia de haver uma valência cultural no edifício.
