Líder da JP acusa Manuel Heitor de ser “um populista incompetente”

Francisco Mota critica resposta tardia do ministro do Ensino Superior no que diz respeito ao alojamento universitário para este ano lectivo.

O presidente da Juventude Popular (JP) acusa o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, de querer “passar a bola do alojamento para as universidades, a uma semana do início do ano lectivo”.

Depois do Governo socialista ter anunciado, esta segunda-feira, 4.500 novas camas para este ano lectivo, Francisco Mota, responsabiliza o governante por não se ter realizado atempadamente um levantamento dos promotores e condições disponíveis para acolher os estudantes. “O Governo não tem uma bola de cristal para saber quantos promotores estão disponíveis. Era um trabalho que devia ter sido desenvolvido desde o início do mês de Julho e não a uma semana do início do ano, quando as instituições se deparam com outras dificuldades, sobretudo ligadas à actualização dos seus equipamentos para a garantia da saúde pública”, afirmou o líder desta juventude partidária.

Mota acusa ainda o ministro que tutela a pasta do Ensino Superior de “querer praxar as famílias, os estudantes e as instituições”, que, defendeu, “não são imobiliárias”.

Francisco Mota diz ter “pouca fé nas promessas do ministro” do Ensino Superior


Esta segunda-feira, em Guimarães, Manuel Heitor apontou para 2021 o arranque da obra de conversão da Escola de Santa Luzia numa residência universitária ao serviço da UMinho. O edifício pertence ao ministério das Finanças, mas entretanto terá sido feita “uma diligência para que fosse cedido à câmara municipal ou à universidade”.

Francisco Mota diz ter “pouca fé nas promessas do ministro” do Ensino Superior, esperando, no entanto, no próximo ano ver inaugurada a residência na antiga escola. “Este é um momento em que o país, e em particular o Ensino Superior, precisava de uma liderança determinada e não de um populista incompetente. O ministro do Ensino Superior faz constantemente promessas, mas na altura de as concretizar desaparece”, apontou ainda o presidente da JP.

Além da Escola de Santa Luzia, em Guimarães, Francisco Mota lembra que também em Braga foi sugerida a conversão da Escola Luís de Castro, também na posse do Estado, em residência universitária.

O líder juvenil sugere a “transferência desses equipamentos para a gestão da Universidade do Minho”, acompanhados de “ferramentas para a concretização dos projectos”, e diz ser “incompreensível” que o processo esteja parado. “É um processo burocrático, porque interessa a um poder instalado na administração pública”, afirmou.

Os responsáveis estudantis e dirigentes de instituições de Ensino Superior receberam, esta segunda-feira, uma carta, onde Manuel Heitor “repudia” as praxes académicas. Para o líder da JP, o Governo “está ao serviço dos amigos, nomeadamente PCP e BE, que sempre tiveram vontade de destruir as tradições académicas de Norte a Sul do país”. “A mim não me preocupa nada as praxes académicas ou outra tradição académica, porque sei que os alunos vão estar à altura das suas responsabilidades”, finalizou. 

Partilhe esta notícia
Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Music Hal
NO AR Music Hal A seguir: Abel Duarte às 08:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv