Juntos por Ribeirão diz que Leonel Rocha “não sabe viver sem poder absoluto”

O movimento independente ainda não decidiu se vai a eleições.

O Juntos por Ribeirão acusa o presidente da junta de freguesia famalicense de ter adotado “uma estratégia de vitimização” para provocar eleições intercalares. O movimento independente reagiu ao chumbo do orçamento para 2023, que levou à renúncia da equipa liderada por Leonel Rocha, através de um vídeo publicado, esta quarta-feira, nas redes sociais.

A polémica teve origem num erro da coligação que está à frente do executivo. O lapso deveu-se a uma verba de 27.500 euros para a instalação de um elevador na sede da junta, que estava no orçamento de 2022, mas que não foi executada e que transitou para 2023 sem desaparecer do documento anterior, ou seja, surgiu em duplicado.

Historiando o caso, a líder do Juntos por Ribeirão e cabeça de lista nas eleições de 2021 refere que “o erro foi detetado pelos elementos do movimento e sinalizado na manhã da assembleia à pessoa que dá apoio ao executivo na contabilidade e que pertence à bancada do PSD/CDS”. Na altura, recorda Paula Cristina Santos, pediu que “o lapso fosse corrigido sob pena de o orçamento não ser aprovado”.


“Não chegou nenhum documento retificado até ao momento da assembleia e, durante a reunião, perante a manutenção do erro, propusemos que o orçamento fosse votado noutra reunião”, acrescenta, garantindo que, se essa emenda fosse feita, a sua bancada votaria favoravelmente.

Em declarações à RUM, o presidente da junta, Leonel Rocha, eleito pela coligação PSD/CDS, acusou o movimento independente de fazer “uma oposição sem escrúpulos” e de ter “uma atitude de má-fé”. A antiga líder do núcleo social democrata de Ribeirão, que entrou em rutura com o partido antes das últimas eleições, rebate as críticas, ao dizer que “quem usou da má-fé foi a coligação ao forçar a votação, mesmo sabendo do erro”. “Senhor presidente, por favor, não confunda chicana política com liberdade de expressão política”, atira.

Assim sendo, haverá eleições intercalares na Junta de Freguesia de Ribeirão. O PS, também representado na assembleia, garante que vai apresentar uma lista, faltando saber o nome do candidato, enquanto o atual presidente irá novamente a votos pela coligação PSD/CDS.

Paula Cristina Santos considera que Leonel Rocha, “ao longo deste processo, sempre pretendeu eleições antecipadas”, lamentando que, “por um capricho, por não saber viver sem poder absoluto, coloque em causa o desenvolvimento da vila”. Contactada pela RUM, a líder do movimento remeteu para mais tarde a decisão sobre a apresentação de uma candidatura ao sufrágio, que ainda não tem data marcada.

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Tiago Barquinha
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