Juntos por Guimarães e PS em “guerra acesa” por causa do PDM

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, que está de saída do cargo, recuou no compromisso assumido sobre a discussão e aprovação do PDM ainda neste mandato. Num comunicado publicado esta quarta-feira de manhã, a maioria socialista anunciou a decisão de não convocar a reunião extraordinária para apreciação da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM). Uma decisão tomada após auscultação aos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal.

A menos de duas semanas das eleições autárquicas, a coligação PSD/CDS não perdoou. O vereador e candidato Ricardo Araújo, convocou na quarta-feira uma conferência de imprensa “de urgência” para criticar Domingos Bragança e o candidato e líder da concelhia socialista, Ricardo Costa.

O social democrata que já tinha anunciado o voto contra à proposta de PDM do PS afirma que “o presidente de câmara ficou refém do Partido Socialista” notando que se trata de “mais um exemplo da divisão entre o Partido Socialista da câmara e o Partido Socialista do Toural”. “É absolutamente inadmissível que o PS não tenha sido capaz de concluir a revisão do PDM após sete anos em que deixou o concelho em suspenso, à espera de uma revisão do PDM”, sublinhou.

Ricardo Araújo lembra que o PSD/CDS defende “uma revisão do PDM que alargue significativamente os terrenos disponíveis para a construção de habitação e para implantação industrial”. O candidato do PSD diz que esta proposta “trabalhada pelo PS ao longo destes anos não dá resposta a estas necessidades do presente e do futuro de Guimarães”.

“A deliberação final sobre um documento de tal relevância não deve ser tomada no termo de um mandato” – Ricardo Costa

“É impossível não denunciar a posição profundamente incoerente e oportunista do PSD” – Ricardo Costa

Ricardo Costa, candidato do PS, e antigo vereador socialista, reagiu depois em comunicado para criticar a candidatura da coligação Juntos por Guimarães. Garantindo primeiramente “celeridade na revisão do PDM no próximo mandato” caso seja eleito, considerou a posição do seu opositor social democrata “profundamente incoerente e oportunista”, já que “exige a votação, mas recusa a sua aprovação no executivo municipal”.

O candidato socialista à Câmara de Guimarães entende que “a deliberação final sobre um documento de tal relevância não deve ser tomada no termo de um mandato, mas sim pelos órgãos democraticamente eleitos para conduzir os destinos do município no próximo ciclo político”.

Aliás, o candidato do PS vai mais longe e refere que “a ausência de consenso alargado entre as diferentes forças políticas, expressa na auscultação realizada, reforça a necessidade de respeitar o momento democrático iminente”, acrescentando que “impor uma aprovação precipitada, num fim de mandato e sem convergência política, colocaria em causa a legitimidade de um processo que, pela sua natureza, deve assentar em amplo debate e participação”.

A finalizar, o candidato do PS aponta que se trata de uma atitude que “não passa de um exercício de puro teatro político, uma manobra de bloqueio e um sinal claro de irresponsabilidade perante o futuro de Guimarães”.

Partilhe esta notícia
Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Music Hal
NO AR Music Hal A seguir: Abel Duarte às 08:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv