Juntos Pelo Povo quer fim das propinas nos cursos de educação e medicina
O partido Juntos Pelo Povo (JPP) defende a isenção de propinas no ensino superior em cursos de educação e medicina para “colmatar a falta de profissionais nestas áreas”. Em entrevista à RUM, o cabeça de lista por Braga, João Horta, acredita que esta proposta seria, no imediato, a fundamental, mas não descarta que, no futuro, possa abranger as restantes formações conferentes de grau.
“Já não há praticamente alunos em cursos de educação”, justifica, acrescentando, no entanto, que a redução das propinas também seria “importante” tendo em conta os preços das residências de estudantes.
“Regulamentação do preço da aquisição e aluguer de habitação própria e atualização salarial em linha com a inflação”
No que toca à habitação, o partido quer tabelar o preço da aquisição e de aluguer de habitação própria. João Horta defende uma “legislação apropriada para fazer face à inflação”. No seu entender, o Estado terá um papel essencial na regulação do setor.
O partido defende ainda a criação de incentivos à reabilitação dos centros urbanos e à construção de novos imóveis, nomeadamente através da “isenção de taxas e de impostos”. O candidato por Braga reforça também a necessidade de reconstruir a habitação que está muito degradada nos centros das cidades para arrendamentos a preços acessíveis.
O Juntos Pelo Povo defende também a valorização dos salários e das pensões, nomeadamente com a atualização anual de 2% acima da inflação. “Se houvesse uma subida de um ponto e meio ou dois pontos acima da inflação todos os anos as pessoas não notavam e passados 10 anos esses 2% seriam 20%”, evidencia.
No que toca à saúde, querem o “aumento do investimento” e sugerem a “abertura de urgências de 24 horas nos centros de saúde, para casos menos graves, assim como a reabertura de centros de saúde já encerrados”.
Nas últimas eleições legislativas, em 2022, o Juntos Pelo Povo conseguiu 10.935 votos (0,20%). Na ótica do cabeça de lista por Braga, nas legislativas de 10 de março, um “bom resultado seria, no mínimo, eleger um deputado”. João Horta está convencido de que, este ano, será possível.
