Juntos Pelo Povo defende atribuição de subsídio a professores deslocados

Se nada for feito, “os professores vão acabar daqui a uns anos”. A previsão é do candidato do Juntos Pelo Povo pelo círculo eleitoral de Braga.
Docente de profissão, João Horta fala de uma atividade “pouco atrativa” devido a ordenados baixos e à falta de progessão nas carreiras, lamentando a escassez de cursos no Ensino Superior relacionados com a área. Uma das principais preocupações deve-se ao facto de existirem “muitos professores, alguns a 500 quilómetros de casa, colocados em concelhos longínquos”.
Alertando para os custos que esse cenário acarreta, como o pagamento da renda, de portagens e combustível, o candidato reivindica a atribuição de um subsídio a quem está a trabalhar a mais de 100 quilómetros da sua habitação de origem.
Outro dos erros apontados ao funcionamento do país prende-se com a extinção de centros de saúde em pequenas vilas, defendendo a sua reversão. “Sobretudo nas zonas do interior”, explica João Horta, “há idosos que têm de andar vários quilómetros para ir a uma consulta ou fazer um exame”. “Isto transtorna a vida de pessoas que já ganham muito pouco, que têm pensões miseráveis e algumas até desumanas”, lamenta.
Intercruzando-se com a preocupação supracitada, em matéria de mobilidade, o Juntos Pelo Povo defende o reforço da rede de transportes públicos. Em traços gerais, o cabeça de lista por Braga considera que a oferta deve ser “de 10 em 10 minutos ou de 15 em 15 em vezes de hora a hora”, como “acontece em muitos sítios”.
Este tipo de medidas, a que se aliam as propostas de “fechar mais ruas dos centros das cidades” e de apostar mais na ferrovia, na opinião de João Horta, acabaria por concorrer para um país “ambientalmente mais sustentável”.
