Jovemcoop pede “pequeno espaço” na Francisco Sanches ou na Fábrica Confiança

A coordenadora-geral da Jovemcoop lamenta que a estrutura continue sem um edifício sede e sugere que um “espaço pequeno” na antiga Escola Francisco Sanches possa ser reservado para esta associação com 42 anos de existência. Se essa não for a solução, a responsável aponta a mesma possibilidade para a antiga Fábrica Confiança, destinada agora a uma residência universitária.
Na noite desta terça-feira na RUM, em entrevista ao programa Campus Verbal, Margarida Pereira admitiu que a opção “menos viável” seria a construção de um edifício de raiz, e apontou “vários espaços” que “poderiam acolher esta associação”.
“Temos diversos edifícios que, infelizmente, estão estagnados e que poderiam ter aqui uma nova vida e servir a população”. Entre os exemplos sugeridos, a coordenadora-geral refere a antiga Escola Francisco Sanches, que o atual executivo pretende recuperar transformando-o num centro cultural. “Nós trabalhamos a cultura, trabalhamos com os jovens, preparamos os jovens para saberem valorizar e preservar, nós e muitas outras associações que estão na mesma situação, porque não reservar um bocadinho desse espaço?”, atira.
Margarida Pereira lembra que a Jovemcoop “está habituada a trabalhar com pouco ou nada” daí que uma sala fosse “suficiente”. “Um pequeno centro associativo significa apenas algumas salas”, diz, sublinhando o facto de se tratar de um edifício instalado “num local privilegiado, perto da UMinho e perto do centro”.
Além deste espaço, Margarida Pereira sugere também a antiga Fábrica Confiança que, eventualmente, será recuperada com um projeto de residência universitária. “A parte cultural faz parte, não só pelo que a Fábrica simboliza, mas porque naquela zona, se quisermos fazer um evento, temos que nos deslocar sempre para o centro da cidade. Estamos perto da UMinho, por que não conjugar tudo isso? Nós queremos trabalhar com jovens, portanto, faz sentido estarmos neste eixo entre a UMinho e o centro da cidade”, remata.
A responsável sublinha a importância de “trabalhar consciências” com mais associações, com mais voluntários que se desloquem às escolas, que promovam visitas guiadas, “valorizando o que é nosso”. Margarida Pereira dá o exemplo de situações de jovens bracarenses e adultos que visitam pela primeira vez um museu da própria cidade em iniciativas organizadas pela Jovemcoop, para referir que “é preciso trabalhar mais iniciativas do município e das juntas de freguesia” que promovam a visita ao património local.
Com as eleições autárquicas à porta, a Associação Jovemcoop espera ser ouvida, em particular pelos candidatos às juntas de freguesia do casco urbano, “tradição habitual”.
Projeto para o Parque Ecomonumental das Sete Fontes aplaudido pela Jovemcoop
A coordenadora-geral da Jovemcoop assume alguma ansiedade pela conclusão do processo que culminará no Parque Ecomonumental das Sete Fontes.
“Estamos cada vez mais perto. Isto implica algumas cedências e não nos choca que seja permitido construir numa zona próxima ao parque. Existem inúmeros exemplos, quer em Portugal quer fora. Se é o ideal? Se calhar não, mas se é a única forma de o termos, tem que haver cedências de ambos os lados porque neste impasse já estamos há muitos anos”, declara.
“O Parque Verde das Sete Fontes faz muita falta. Com o confinamento penso que passou a ser mais valorizado pelos bracarenses. Acredito que as pessoas comecem a valorizar mais”, atesta a coordenadora-geral da Jovemcoop.
