“Jorge Sampaio era um homem bom, amigo de Guimarães”, recorda António Magalhães

Um “homem bom”, “amigo de Guimarães”. É assim que António Magalhães, antigo presidente da Câmara de Guimarães, recorda Jorge Sampaio, de quem era amigo pessoal e de quem sente o desaparecimento “como se fosse o de um familiar”.
“O dr. Jorge Sampaio era um amigo de Guimarães, as origens dele, da parte do paterna, são de Guimarães”, lembra o antigo autarca, revelando um episódio vivido com Jorge Sampaio que espelhou uma “dimensão que tipifica os homens bons”.
“Recordo-me da primeira vez que ele me pediu para o conduzir à casa do seu pai que, quando parei o carro, ele desfez-se em lágrimas, dentro da dimensão que tipifica os homens bons. Foi um momento que me tocou”, recorda.
No papel político, António Magalhães assinala que Jorge Sampaio foi determinante para a instalação do Tribunal da Relação em Guimarães e, sobretudo, no desígnio da cidade enquanto Capital Europeia da Cultura em 2012, tendo o antigo Presidente da República assumido o cargo de Presidente do Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães.
“Nessa altura, se não fosse o dr. Sampaio, teríamos tido muitas dificuldades em colocar em prática o projeto que marcou Guimarães. Foi ele quem liderou a causa, foi a alma mater deste processo”, relembra.
Eleito Presidente da República, sucessivamente, em 1996 e em 2001, Jorge Sampaio elegeu Guimarães como cidade anfitriã das Comemorações Nacionais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a que presidiu.
