Jorge Faria acusa PS Braga de falta de pressão sobre o Governo. Feio fala de críticas “infundadas”

Jorge Oliveira de Faria acusa os eleitos do PS Braga de falta de pressão política sobre o Governo para resolver os problemas do Hospital da cidade. Recorde-se que a urgência de obstetrícia e ginecologia desta unidade hospitalar encerrou cinco vezes, nas últimas duas semanas, por um período de 24 horas, mantendo-se fechada durante o período noturno.

Militante do PS há 31 anos, Jorge Oliveira de Faria foi adversário de Artur Feio nas eleições de 2018 para a concelhia e apoiou Dulce Mota Campos contra o mesmo adversário em 2020. O socialista integra também o Movimento Coragem para Mudar o PS Braga. “Falta pressão, falta olhar para as necessidades e reivindicar uma coisa que é um direito de todos os cidadãos, que é cuidar da saúde com qualidade”, disse em entrevista à RUM.

“A região mais jovens do pais deixa de poder contar, na plenitude, não só do serviço de urgência no apoio às grávidas, mas também do apoio às crianças e pais que se vêem obrigados a recorrer aos Hospitais Distritais da região e até ao Hospital de S. João no Porto se houver necessidade de serem atendidas. Desses outros Hospitais chegam-nos alertas que a situação criada é potenciadora de rotura nos seus próprios serviços, donde se conclui da incerteza de um serviço em condições para os que a eles acorrem. O PS, como partido com muitos militantes e apoiado por muitos eleitores, tem a obrigação cívica e política de acompanhar tudo o que se passa nos serviços públicos da região e tomar posições sempre que tal se justifique”, defende o Movimento.

Contactado pela RUM, o presidente da concelhia de Braga do PS, Artur Feio, garante que “tem acompanhado o assunto junto da administração do Hospital, da direção do ACES e de outras entidades direta ou indiretamente envolvidas” para fazer “chegar os problemas, dificuldades e constrangimentos às instâncias governamentais de uma forma efetiva e com a descrição que um assunto com esta gravidade exige”. “São infundadas estas críticas de quem pretende ter palco político”, atirou.

Jorge Faria considera ainda que “há cerca de dez anos que o PS em Braga parece que encerra as portas da própria sede”. “Não temos ouvido junto da população uma discussão e capacidade de envolvimento para que as pessoas confiem no PS e que depois isso se traduza em votos”, referiu o socialista, defendendo que “o PS Braga reflita as preocupações que os cidadãos têm e sejam a voz desses anseios”.

Feio não aceita as críticas e revelou à RUM que os subscritores deste Movimento são “comissários políticos do PS, que têm voz nos órgãos eleitos do PS e nunca comentaram o assunto internamente”. “Nunca tive qualquer abordagem no sentido de perceber o que estava a ser feito e o que poderia ser melhorado, porque o contributo de quem está de fora é sempre benvindo. Não há uma posição de resolução do que quer que seja, porque estas pessoas não têm noção das dificuldades e não têm interesse em resolver o problema”, acrescentou.

O atual presidente da concelhia nega que o PS Braga esteja fechado sobre si próprio, sublinhando que os eleitos “ouvem, relatam e reportam as dificuldades”. “Temos feito um trabalho junto das bases do partido e estamos a criar as condições necessárias para sermos a solução alternativa em 2025”, finalizou Artur Feio.

Contactada pela RUM, a distrital de Braga do PS preferiu não comentar o assunto, por desconhecer as acusações. 

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Liliana Oliveira
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