João Sousa quer fazer história na Taça Davis e colocar Portugal onde nunca esteve

João Sousa admite que, por vezes, pode ter descurado a carreira, a título individual, para representar Portugal. No entanto, garante que não se arrepende.

Entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, o tenista minhoto recorda que, desde que foi convocado pela primeira vez, em 2008, apenas falhou uma participação na Taça Davis, por lesão. No seu entender, “a entrega ao jogar por Portugal é primordial”, considerando que se trata do “auge da carreira de qualquer atleta”.

“Acho que, por vezes, até peco um bocadinho nesse sentido de dar tudo [pela seleção] e, às vezes, deixar de lado o percurso de singulares, mas eu sou assim e sempre disse que é um orgulho enorme representar Portugal. Se calhar é por ser do Minho, já que que é uma característica que temos”, enaltece.

Portugal está a uma eliminatória de chegar à fase final da principal competição de seleções, algo que nunca atingiu. Ainda à espera do resultado do sorteio do playoff da Taça Davis, João Sousa diz que a equipa está num “bom caminho para tentar alcançar o objetivo”. O atleta de 34 anos considera que “o espírito é muito bom”, destacando a “mentalidade” dos jogadores, tanto dos mais experientes, como dos mais novos, cientes de que podem fazer história.

Além da Taça Davis, dependendo do rumo que decidir dar à carreira, o atual 276º classificado do ranking ATP não descarta uma terceira participação em olimpíadas, em Paris 2024. Para isso precisa de estar no top 60 ou 70 da hierarquia mundial. Em 2021, em Tóquio, foi eliminado da primeira ronda pelo checo Tomas Machac, depois de ter ficado na segunda ronda nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, ao perder com o argentino Juan Martin del Potro. 

Até porque no Japão não havia público por causa da pandemia, João Sousa considera que a participação no Brasil foi “mais especial”. “Um momento incrível. Saber da importância da competição, ser um sonho desde criança estar nos Jogos Olímpicos, os melhores atletas de Portugal ali reunidos, o ambiente do comité… foram muitas emoções”, recorda com saudade.