“IS MIRRI 21”. Projecto quer contar com todos os países da UE

Portugal mais concretamente a Universidade do Minho acolhe a sede da Unidade de Coordenação Central da MIRRI – Microbial Resource Research Infrastructure. Trata-se da única infra-estrutura europeia de investigação nesta área a ter sede no nosso país. Para além disso o Centro de Engenharia Biológica vai coordenar o projecto “Implementação e sustentabilidade da MIRRI no século XXI – IS MIRRI 21″ que é financiado em 5 milhões de euros pelo programa Horizonte 2020 para os próximos três anos. 


Nélson Lima, coordenador do projecto e director da Micoteca da UMinho, já estabeleceu as metas para a iniciativa. Ao UM I&D o investigador realça que tem como ambição o alargamento de nove para 27 países europeus parceiros. No entanto as metas não se esgotam na Europa, o investigador dá o exemplo da ligação à Federação Russa e ao Chile como um sinaais de que a UMinho quer ir mais além. 

Está ainda prevista a “estruturação da sede, o fornecimento de serviços de catálogo e plataforma e também o fornecimento de formação numa área mais ligada às novas tecnologias”. “Queremos acelerar os processos de acesso aos recursos microbiológicos, que possam beneficiar os vários stakeholders e, em particular, a bioindústria com soluções inovadoras e sustentáveis”, diz Nelson Lima. O catálogo único da plataforma permitirá, por exemplo, ver o potencial de cada microrganismo e as suas aplicações, facilitando assim a respectiva avaliação, geração, difusão e acesso.

 O coordenador sublinha que tudo isto visa o fornecimento de informação à população que essencialmente apenas conhece o lado mais negativo dos microorganismos, sendo que segundo Nélson Lima a grande maioria é “benéfica”. 

Os cientistas estimam que possam existir cerca de 3,8 milhões de espécies distintas de microrganismos. Estes podem ser utilizados, a título de exemplo, para “remediar áreas contaminadas por uso excessivo de pesticidas e fertilizantes ou mesmo que tenham sofrido derrames de petróleo, uma vez que conseguem crescer à custa destes poluentes”.


Para os mais distraídos o docente da academia minhota explica que os microorganismos fazem parte do nosso dia-a-dia quer seja na mesa como na saúde, beleza e mobilidade. “Utilizamos microorganismos para a confecção de queijos e cervejas, na área da cosmética por exemplo para criar botox, na medicina para a criação de antibióticos como a penicilina e no que toca aos combustíveis é através de microorganismos que conseguimos criar biocombustíveis”, informa. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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