Inteligência Artificial pode ajudar universidades a definir oferta e empresas a melhorar produção
A inteligência artificial pode ajudar as universidades a definir a oferta formativa e as empresas a melhorar a produção. A convicção foi partilhada por Paulo Novais, coordenador do Laboratório Associado de Sistemas Inteligentes (LASI), no debate sobre o impacto da inteligência artificial na competitividade das empresas, que decorreu esta terça-feira, no Altice Forum Braga.
O docente da UMinho acredita que “a inteligência artificial vai dar esse ‘savoir fair’ (saber fazer) às empresas”. Todas as organizações, sejam elas do Estado, seja a própria Universidade, para poder saber quais são os produtos, os cursos, que tem que oferecer, precisam disso”, afirmou Paulo Novais. O professor de o exemplo do projeto que liga a Bosch à UMinho, que permitiu à empresa “melhorar a produção, mas também acrescentar serviços digitais” à oferta.
Rafael Campos Pereira, vice-presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, lembrou que “a indústria e a economia viveram de costas voltadas para a universidade”, mas, “nos últimos anos, e Braga também é um exemplo com a UMinho , a ligação entre academia e indústria tem sido muito mais forte”. “Estamos a conseguir transferir conhecimento e tecnologia das universidades para as empresas com muito mais fluidez do que acontecia há cinco anos”, acrescentou Rafael Campos Pereira, enaltecendo a importância disso na competitividade.
Para Luís Paulo Reis, presidente da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial (APPIA), “a indústria precisa de saber que não se desenvolve num ano produtos inovadores numa colaboração com a Universidade”. “As empresas portuguesas têm os próprios departamentos de investigação, sem necessitar da colaboração da universidade, porque a própria empresa tem uma investigação fortíssima. Cada vez mais, a contratação de doutorados pelas empresas tem se verificado em larga escala em Portugal”, afirmou.
Integrado na 6.ª Semana da Economia, o Altice Forum Braga foi palco, esta terça-feira, de um debate sobre o impacto da inteligência artificial na competitividade das empresas.
