[In]segurança no Mercado Municipal provoca troca de galhardetes na reunião de executivo
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A reunião do executivo municipal de Braga desta terça-feira à tarde ficou marcada por uma acesa troca de acusações entre Artur Feio e Ricardo Rio, à conta da notícia da última semana relacionada com a intervenção do Mercado Municipal de Braga. O PS denunciou falhas no plano de segurança desmentidas, entretanto, por Ricardo Rio.
O líder dos socialistas no executivo municipal de Braga começou por avisar, depois do período da ordem do dia, que os vereadores do PS “não são bobos nem alucinados” como disse na semana passada Ricardo Rio, em declarações à RUM, numa resposta às acusações feitas pelo PS em conferência de imprensa em pleno mercado municipal. “O senhor sempre disse que uma oposição dura, séria e firme transformava um governo para muito melhor, mas é curioso que quando o Partido Socialista traz os problemas para cima da mesa, o senhor tenta denegrir e fazer-nos passar por papéis. Neste aspeto estamos perfeitamente à vontade”, avisou, dirigindo-se ao líder da coligação Juntos por Braga. O socialista enumerou, uma vez mais, um conjunto de situações que considera não cumprirem as normas estipuladas para a segurança do equipamento municipal.
Ricardo Rio, à semelhança das primeiras reações à RUM na semana passada, acusou Artur Feio de lançar questões alarmistas. O autarca anunciou que as obras de conservação estão programadas e garantiu que o equipamento está a funcionar com regularidade, respeitando todas as normas exigidas. “Confrontei os meus serviços de proteção civil com algumas coisas que disse [Artur Feio], e a primeira resposta que ouvi foi que aquilo era um chorrilho de disparates”, afirmou, afiançando que “o mercado tem todas as seguranças” e “não há qualquer risco”.
Declarações prontamente desmentidas por Artur Feio na reunião de executivo. “O senhor não tem razão no que está a dizer. É deselegante e deseducado e vou-lhe dizer que isso é mentira. Quando tenho uma saída de emergência com um pilar em frente a umas escadas, quero que o nosso técnico de proteção civil me venha aqui dizer, publicamente, que é possível tecnicamente. Que me diga também como é que uma sinalização numa folha A4, colada com fita-cola num pilar, que eu próprio não consigo percecionar o que lá está escrito, quero que me diga como é que tem a deselegância de me vir aqui dizer que somos alarmistas e que provocamos o pânico nas pessoas”, atirou.
Os socialistas exigiram entretanto a presença do técnico da proteção civil na próxima reunião de câmara, solicitação prontamente aceite pelo autarca social democrata.
