“INL tem todas as facilidades para ter um papel decisivo na área dos semicondutores”

Clivia Sotomayor Torres é a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora geral do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) e a primeira investigadora com ERC Advanced Grant. Caraterística que demonstra a qualidade da cientista chilena e que na visão da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, poderá trazer ainda mais cientistas para o laboratório sediado em Braga.
Em declarações aos jornalistas, Elvira Fortunato fala na necessidade de “fortalecer a posição do INL no mundo”. Para a responsável pela pasta da Ciência e Tecnologia o laboratório tem capacidades únicas que podem ser uma mais valia para o projeto estratégico de Portugal ao nível dos semicondutores. “Queremos reforçar a indústria em Portugal e atrair novas empresas”, declara.
Para a presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Madalena Alves, o INL prepara-se para entrar numa terceira fase de desenvolvimento com esta liderança, visto que Clivia Sotomayor Torres é uma “pessoa reconhecida” e que irá certamente “elevar o nível da investigação que é feita no laboratório e atrair stakeholders externos e empresas”.
No discurso de tomada de posse, Clivia Sotomayor Torres pede a colaboração de todos para “moldar o sonho do INL” sublinhando que é premente disponibilizar “tempo” aos investigadores para que consigam abrir horizontes e criar novas soluções inovadoras.
“O INL tem de crescer não apenas em números, mas também a nível internacional. O laboratório deve ser visto como uma infraestrutura com um papel valioso para o futuro da Europa e não só. Nós temos 31 nacionalidades, mas a distribuição é importante para que o INL seja verdadeiramente internacional. Temos de ser mais diversos não apenas em termos de nacionalidades, mas sim seremos mais inclusivos”, refere.
