Início do ano marcado pelo entusiamo. “Aqui, o pessoal está mais aberto a conhecer gente”

12h30. Falta meia hora para a primeira aula de Rui Faria na Universidade do Minho. Passando ao lado do ginásio do Campus de Gualtar, os passos são entrecortados: ora cautelosos, ora decididos. Trata-se de um misto de emoções que invade alguém que está a ter o contacto inicial com o Ensino Superior.

“É muito diferente em relação ao que estávamos habituados no secundário”. As semelhanças não são muitas, mas há algo que permanece: a companhia de Dinis Costa e Alexandre Ferrete, anteriormente colegas de turma na Escola Secundária Carlos Amarante, em Braga, agora colegas na Licenciatura em Engenharia Informática (LEI) da Universidade do Minho.

O núcleo de amigos mantém-se, mas está prestes a ser alargado. “Aqui, o pessoal está mais aberto a conhecer gente”, conta Rui, antes de Alexandre complementar: “Neste primeiro dia e na semana de acolhimento, já interagi com mais pessoas do que no secundário inteiro”.

Facilmente identificáveis por causa da disquete que levam ao pescoço, devido a uma iniciativa da praxe, o trio revela que já foi possível conhecer pessoas de licenciaturas como Biologia Aplicada e Direito e de outros anos do próprio curso. “Ainda há pouco passaram por nós e perguntaram se éramos caloiros de LEI e ficamos a conversar”, exemplifica Dinis.

Apesar do balanço ser positivo até agora, o jovem bracarense considera que “nem toda a informação foi espalhada da melhor forma”, fazendo referência à “dificuldade” em entender o modo como funciona a aplicação destinada aos turnos.


Estudantes conhecem nova cidade e… novo país

Se o grupo de amigos desce em direção à zona dos complexos pedagógicos, em sentido contrário, um conjunto de colegas de Relações Internacionais desloca-se até à cantina. Parte delas, incluindo Joana Santos, vinha da aula de Inglês, uma unidade curricular opcional. “Foi diferente, é muito mais exigente. O professor trata-nos como adultos, não apenas como alunos que estão só a ouvir, e apela à participação”, faz notar as primeiras impressões.

Ao seu lado esquerdo, Rosana Sousa confessa que esta nova experiência “não está a ser tão complicada como imaginava”, destacando “a importância da semana de acolhimento” para que os novos alunos “não caiam de paraquedas”. Tanto na universidade como na própria cidade.

Tal como Rosana, Sofia Costa é de Aveiro. Quis o destino que só se conhecessem em Braga, a nova casa. Se Rosana precisou de “um milagre” para arranjar “um quarto baratinho”, Sofia considera que “não foi muito difícil”, embora alerte para “as rendas muito altas” que encontrou.

Quem entra agora na Universidade do Minho muda obrigatoriamente de estabelecimento de ensino e pode também alterar a residência. Tal como as colegas de curso já mencionadas, Verónica de Freitas fez tudo isso e não só. Vinda de São Paulo, do Brasil, aterrou em Portugal há uma semana pela primeira vez e foi morar para a casa dos tios. “Quando estava a fazer a pesquisa, encontrei a Universidade do Minho e fiquei encantada. Acho que combina com o meu perfil”, refere a jovem, que se está a adaptar a “uma nova cultura” e a “um novo jeito de viver”.

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Tiago Barquinha
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Carolina Damas
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