ICVS realiza mais de 700 testes à Covid-19 numa semana

O Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho já analisou mais de 700 testes à Covid-19. A testagem começou a ser feita no dia 6 de Abril.
Até ao momento, de acordo com Joana Palha, o instituto está a fazer, “em média, 150 testes por dia”. A vice-presidente da Escola de Medicina adianta que a expectativa passa a curto-prazo por “estabilizar” o número de amostras analisadas em, pelo menos, 200.
Para a testagem se realizar, é necessária a utilização de reagentes. A também investigadora do ICVS garante que actualmente “não há falta de material”. “Começamos a preparar-nos com bastante antecedência e procuramos vários fornecedores. Neste momento estamos equipados para dar a resposta adequada até daqui a dez dias”, explica, acrescentando que já foram encomendados mais reagentes para os períodos seguintes.
80 investigadores de seis unidades da UMinho colaboram na testagem
Em parceria com o ICVS, mais cinco unidades de investigação da Universidade do Minho estão a colaborar nos testes à Covid-19: o Centro de Engenharia Biológica, o Centro de Biologia Molecular e Ambiental, o Centro de Biologia Funcional de Plantas, o Instituto de Ciência e Inovação para a Bio-Sustentabilidade e o Departamento de Física. No total, para este efeito, participam voluntariamente 80 investigadores.
Joana Palha explicita que o processo de testagem é dividido em “três passos essenciais”: inactivação do vírus, extração dos ácidos nucleicos e elaboração da reacção, que identifica ou não a presença do vírus. De seguida, os resultados são reportados ao Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge e às entidades que solicitaram os testes.
Até agora, as amostras analisadas no ICVS foram provenientes dos hospitais de Braga, de Guimarães e de Viana do Castelo, de vários ACES’s – Agrupamentos de Centros de Saúde da região do Minho e de outros pontos de colheita disponibilizados pelas autarquias vimaranense e bracarense. Além disso, de acordo com a vice-presidente da Escola de Medicina, a Cruz Vermelha vai também aderir a esta rede, que é “diariamente organizada”.
