ICS recebe dois ‘Capitães de Abril’ com diferentes posições sobre a Revolução

O Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho recebe, no dia 17 de abril, o debate “Capitães de Abril: Olhares sobre a Revolução”. A iniciativa contará com a presença do Coronel Mário Tomé e Coronel Rodrigo Sousa e Castro, que, à data, eram Capitães.


Fernando Pessa será o moderador da sessão, que dá a conhecer “duas figuras que estando do mesmo lado no início, acabaram por assumir posições políticas divergentes, que acabou no confronto de 25 de Novembro de 1975, no desenlace do processo revolucionário”. “Teremos uma clara dualidade de pontos de vista, que dará um grande contributo para lembrar e esclarecer o que foi o 25 de Abril”, acrescentou o docente.

O momento, que será antecedido pela exibição do filme “Se a Memória existe”, tem início às 16h30na Sala de Atos do ICS.Realizado por João Botelho, em 1999, o filme conta com a participação e o testemunho de várias figuras relevantes da Revolução. Já o debate enquadra-se na temática “Qual é a tua Revolução?”, que tem vindo a inspirar as atividades do ICS ao longo do ano letivo para celebrar o 50º aniversário do 25 de Abril.


A entrada é livre. 



Quem são Mário Tomé e Rodrigo de Sousa e Castro?


Mário Tomé nasceu em Estremoz, em 1940. Coronel de Cavalaria, fez quatro comissões na guerra colonial. Foi membro da Comissão Coordenadora do Movimento dos Capitães em Moçambique e membro da Comissão Nacional da Candidatura de Otelo à Presidência da República em 1976 e em 1981. Foi deputado à Assembleia da República de 1979 a 1983 e de 1991 a 1995. Foi presidente e depois secretário-geral da União Democrática Popular (UDP). É fundador do Bloco de Esquerda, tendo sido membro da sua Comissão Política entre 2020 e 2022. Integra o coletivo Convergência de oposição à atual direção nacional deste partido político.

Rodrigo de Sousa e Castro nasceu no ano de 1944, em Celorico de Basto. Coronel do Exército na reforma, licenciado em Ciências Militares pela Academia Militar de Lisboa. Como alferes e capitão comandou tropas em campanha em Angola (1966/67) e Moçambique (1970/72) respetivamente. Em 1973 envolveu-se no movimento dos capitães que haveria de levar a cabo a revolução de 25 de Abril de 1974, integrando a sua Comissão Coordenadora na clandestinidade (1973-1974). Foi membro do Conselho da Revolução e seu porta-voz (1975-1982). Condecorado com a Grã Cruz da Ordem da Liberdade.

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Liliana Oliveira
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