Hugo Vieira quer ver equipa feminina na primeira divisão e dar “outras condições” à formação

Hugo Vieira defende uma mudança de estratégia no futebol feminino do Gil Vicente. De acordo com o líder da Lista B concorrente à presidência do clube, as camadas jovens são “uma prioridade”, tendo em conta as condições que existem atualmente.
Entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, o candidato de 35 anos dá os exemplos das equipas sub-13, sub-15 e sub-17, que “nem equipamento do clube têm”. Essa “falta de apoio muito grande”, vinca, precisa de “mudar no futuro”.
A formação sénior, criada há cinco anos, esteve na primeira divisão nacional entre 2020 e 2022. Na última época chegou ao playoff de subida e, atualmente, está na sexta posição da fase de apuramento do campeão do segundo escalão. Hugo Vieira acredita que, entre esta e a próxima temporada, as gilistas vão, “de certeza”, chegar ao principal campeonato.
Questionado sobre a eventual profissionalização das jogadoras do Gil Vicente, Hugo Vieira considera que, “enquanto não haver infraestruturas”, será “mais difícil”. “Precisamos de condições. Eu tenho empresas de construção e nunca comecei a fazer uma casa a partir do telhado. É necessário termos as infraestruturas corretas e só depois começar a pensar em ser um clube muito maior”, explica.
Da lista apresentada por Hugo Vieira para as eleições, não é visível qualquer mulher, o que mereceu críticas por parte de alguns adeptos. O ex-jogador do clube garante que “os convites foram feitos”, mas assume que “não é fácil encontrar mulheres que cumpram os requisitos” impostos pelos estatutos. “Mais de metade da lista precisa de ter cinco anos de sócio e toda a gente precisa de ter mais de um ano […] Ainda assim, vamos ter mulheres no nosso projeto”, salienta.
Pela primeira vez desde 1982, há duas listas candidatas à presidência do Gil Vicente: a A, encabeçada por Avelino Dias da Silva, que recusou dar uma entrevista à RUM, e a B, liderada por Hugo Vieira, cuja conversa foi emitida no programa RUM(O) Desportivo.
