Hugo Ribeiro diz que financiamento da Vimágua em 2009 lesou vimaranenses em 6,6 ME

O vereador do PSD, Hugo Ribeiro, acusa a Vimágua, empresa municipal de água e saneamento de Guimarães e Vizela, de lesar os vimaranenses, com o contrato celebrado em 2009, com a Caixa Geral de Depósitos e o BPI, para o empréstimo de 24 milhões de euros. Na altura, o objetivo era alargar a rede de distribuição de água e saneamento do concelho e, de dez bancos consultados, só dois aceitaram financiar a empresa, com 12 milhões de euros cada um e a exigência de um contrato de cobertura de risco, por forma a garantir uma taxa fixa.
Segundo as contas do social democrata, o processo lesou os munícipes em mais de seis milhões de euros. “O valor que está em causa da diferença entre a taxa contratualizada com os bancos que a Vimágua tinha de pagar de 3,88 e a taxa variável que recebia, mediante a contratualização deste contrato, de euribor a seis meses, dá 6.624.172,40 euros”, detalhou Hugo Ribeiro, lembrando que a empresa “não tinha capacidade de financiamento, dada a sua dificuldade económica fruto da má gestão socialista”. O vereador da oposição lembrou ainda que “um dos bancos que foi financiador foi, simultaneamente, contratado para ser consultor da operação financeira”. “Este contrato de cobertura de risco foi considerado obrigatório e consignado a dois terços do montante do financiamento, ou seja, 16 milhões de euros”, referiu ainda.
Hugo Ribeiro não tem dúvidas de que “este negócio foi altamente lesivo para a Vimágua e para o erário público e está a ser pago mediante os consumidores, nas suas faturas de água e saneamento”.
Na resposta, o presidente da Câmara de Braga, Domingos Bragança, fala em “critérios de prudência” das entidades financiadoras, “de elevada credibilidade financeira” e nega os “jogos de casino” apontados pelo vereador da oposição.
“Os contratos assinados não podem ser revogados”, lembrou o autarca, lembrando que a Vimágua “é das empresas mais auditadas e é uma referência, quer do ponto de vista dos registros contabilísticos, quer das contas e gestão”. Nesse sentido, Domingos Bragança não nega que se avance com mais uma auditoria às contas, mas lembra que a mesma tem custos e será “apenas mais uma em dezenas que são feitas” a uma empresa “confiável e transparente”.
