Hugo Pires fala de “deplorável abandono” do Mercado do Carandá; CMB refuta acusações 

O candidato do PS à Câmara Municipal de Braga alerta para o estado de degradação do Mercado Cultural do Carandá. Hugo Pires visitou esta segunda-feira as instalações, que pertencem à autarquia, e esteve reunido com a direção da Arte Total, uma das entidades que usam o espaço.

Em declarações à RUM, o socialista refere que os alunos da escola de dança “não têm acesso a água quente”, lamentando que essa situação se prolongue “há muito tempo”. O excesso de humidade nas salas e o facto de chover lá dentro são outros dos problemas reportados. “A maior sala de ensaios está impraticável porque o soalho tem buracos. A manutenção foi algo que nunca existiu e, por isso, o edifíco está profundamente degradado”, acrescenta.

Em resposta, a vereadora com pelouro da Gestão e Conservação de Equipamentos Municipais diz não ter conhecimento de qualquer avaria na caldeira, mas garante estar alertada para “os problemas de infiltrações”. Olga Pereira explica que a questão “não é de resolução fácil” e que os serviços camarários estão a “tentar perceber a origem” da falha. “Ainda não conseguimos diagnosticar o problema para perceber se conseguimos resolvê-lo através dos nossos serviços ou se temos de contratar alguma empresa”, faz o ponto da situação.



Vereadora Olga Pereira garante que Câmara Municipal está atenta

O Mercado Cultural do Carandá, projetado por Eduardo Souto de Moura nos anos 80, inicialmente destinado ao comércio alimentar, foi depois transformado pelo próprio arquiteto num espaço artístico. Além da Arte Total, atualmente é sede da escola de teatro Tin.Bra e do conservatório de música da Fundação Bonfim.

O candidato do PS considera “muito triste ver uma peça arquitetónica como esta” na situação em que se encontra, referindo que o cenário supracitado deve “envergonhar todos os bracarenses”. “Aquele edifício está numa decadência profunda. Como é possível ambicionar ser Capital Europeia da Cultura se Braga não trata bem as suas associações, os seus artistas e os seus equipamentos?”, questiona, acrescentando que “a falta de manutenção pode significar, mais tarde, num custo acrescido para os cofres municipais com a necessidade de uma intervenção maior”.

Olga Pereira refuta a acusação de “deplorável abandono”, frisada por Hugo Pires, enaltecendo que a autarquia tem feito “várias intervenções pontuais de manutenção das instalações”, dando o exemplo do espaço utilizado pelo conservatorio Bonfim, que alertou para “uma série de reparações que eram necessárias”.

Além disso, a vereadora adianta que existem “intervenções agendadas, nomeadamente na parte exterior, que acolhe o mercado de produtos biológicos ao sábado de manhã”. “Vamos poder interverir entretanto depois de termos fechado uma das portas para impedir a entrada de alguns jovens que vandalizavam aquele espaço”, destaca.

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Tiago Barquinha
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