Hosp.Braga admite limitações mas assegura ecografias de 2º e 3º trimestre

O Hospital de Braga contraria a versão do Bloco de Esquerda e garante que continua a efetuar ecografias obstétricas de segundo e terceiro trimestre. O esclarecimento foi prestado pela unidade hospitalar, numa nota disponibilizada à RUM esta terça-feira.
De acordo com o partido, a instituição teria deixado de as realizar, o que motivou o envio de um conjunto de questões ao Ministério da Saúde. O documento, assinado pela líder dos bloquistas, Catarina Martins, entrou, esta segunda-feira, na Assembleia da República. Em declarações à Universitária, Cristina Andrade Carvalho, deputada na Assembleia Municipal de Braga, que participou na elaboração do texto, falou de “uma situação grave e inaceitável”, que carece de “resolução urgente”.
O Hospital de Braga desmente o cenário relatado. Ainda assim, admite, no comunicado, que “tem recebido um elevado número de pedidos para a realização de ecografias obstétricas” e que “o conselho de administração está a fazer todos os esforços para minimizar os impactos nas utentes, nomeadamente através da realização de produção adicional ou do encaminhamento para outras instituições, por forma a continuar a assegurar a prestação de cuidados de saúde às grávidas da região”.
Nos casos em que há encaminhamento, socorrendo-se da informação disponibilizada na página da Administração Regional de Saúde do Norte, o Bloco de Esquerda alerta que o Hospital da Luz, em Guimarães, é o único a fazer ecografias de segundo e terceiro trimestre através do protocolo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Acresce o facto, adianta Cristina Andrade Carvalho, dessa unidade hospitalar “só ter uma médica disponível” para fazer o procedimento em causa, ao abrigo do acordo com o SNS, o que leva a que, “em outubro, existam ecografias a serem marcadas para fevereiro”. “Isto impossibilita a sua realização na altura em que devem ser efetuadas. Coloca as mulheres numa escolha impossível: ou pagam cerca de 135 euros por ecografia no privado ou não fazem, não tendo a sua gravidez vigiada de uma forma adequada”, refere.
Além da contratação de profissionais especializados para o Hospital de Braga, a bloquista defende “uma solução de emergência, de modo a que os hospitais de Guimarães e de Famalicão possam dar resposta” a estas utentes. A RUM tentou contactar o Ministério da Saúde, mas não obteve resposta.
