Trabalhadores da empresa de limpeza que opera na UMinho estão em greve

Os trabalhadores do setor da limpeza da empresa que presta serviço na Universidade do Minho estão, durante o dia de hoje, em greve. Em causa estão, alega o CESMINHO – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços do Minho, diversos incumprimentos da parte da empresa KG – Services. Os problemas têm vindo a arrastrar-se desde outubro de 2020, data em que a empresa passou exercer funções na academia minhota.

Em causa, de acordo com a presidente do CESMINHO, está o não pagamento dos salários dos trabalhadores durante o regime de lay-off, atraso consecutivo no pagamento dos ordenados e subsídios de férias, incumprimentos relacionados com mapas de férias e ainda cessação de contratos.

À RUM, Sónia Ribeiro descreve a situação como uma “farsa”, visto que o argumento utilizado pelo responsável da empresa é de que os funcionários não têm direito a lay-off. Ora, assim sendo, as remunerações tinham de ser pagas na totalidade o que também não tem acontecido. O sindicato tem conhecimento de casos em que os funcionários estão já a passar necessidade, uma vez que não têm as suas remunerações em dia.

Esta ação de luta foi a única solução encontrada pelos trabalhadores e o sindicato, uma vez que a KG – Services mostra-se inflexível para regularizar a situação de, pelo menos, 20 trabalhadores (que estão afetos ao sindicato). 

Os trabalhadores não estão obrigados a prestar serviços mínimos, o que irá criar constrangimentos na instituição de ensino superior, uma vez que a pandemia de covid-19 obriga a uma constante higienização das salas de aula. Aos microfones da RUM, a presidente da CESMINHO revela que têm existido “ameaças” no sentido da não renovação de contratos.

O CESMINHO entrou em contacto com o administrador da Universidade do Minho que está solidário e desagradado com a situação.

Os trabalhadores vão estar em protesto, entre as 9h30 e as 10h00, no campus de Gualtar da UMinho.