Helicóptero de combate a incêndios ainda não chegou a Famalicão

O heliporto de Famalicão, sediado no Campus da Proteção Civil, em Bairro, espera que o meio aéreo destinado àquele local chegue a qualquer momento. Preparado para o receber desde o início de junho, o processo tem sofrido atrasos.
Em declarações à RUM, o diretor do heliporto frisa que o equipamento “já deveria estar em funcionamento”, mas ainda não foi possível devido a “constrangimentos” decorrentes do conflito na Ucrânia. “Como já foi falado pelo senhor ministro [da Administração Interna] e pelo senhor presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, nessas questões relacionadas com o cenário de guerra que vivemos, há uma dificuldade acrescida de encontrar meios aéreos”, assinala.
Não havendo “uma informação precisa”, Manuel Pinheiro garante que o espaço está “disponível para receber o meio aéreo”, aguardando que tal aconteça nos “próximos dias”. Apesar do atraso, considera que “a situação tem sido favorável em termos de incêndios”, não se sentido, até ao momento, a falta da aeronave.
“Isto é uma escolha da autoridade nacional porque vê aqui uma mais-valia”
Inicialmente, Braga contava que ia receber um meio aéreo ligeiro de combate a incêndios, algo que não se confirmou. Essa situação motivou críticas da autarquia e da Comunidade Intermunicipal do Cávado, que acusou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil de ter desviado o helicóptero para Famalicão. Um mês depois, o assunto ganhou novos contornos com as alegações do vereador Altino Bessa, que levantou suspeitas relacionadas com “decisões partidárias”.
O diretor do heliporto, que é também membro da divisão da Proteção Civil de Famalicão, desconhece a proveniência da aeronave, já que “nunca foi dito se vinha de Braga, Arcos de Valdevez ou Portimão”. “A Câmara de Famalicão, à semelhança das outras câmaras, não é detentora de nenhum meio aéreo. Isto é uma escolha da autoridade nacional porque vê aqui uma mais-valia, obviamente, ao escolher Famalicão. É uma opção estratégica e operacional”, assinala.
A nível técnico, esclarece Manuel Pinheiro, o helicóptero terá um raio de atuação a rondar os 40 quilómetros, servindo “uma área muito abrangente” dos distritos de Braga e Porto. Disponíveis para operar a aeronave estarão diariamente quatro elementos dos Bombeiros Voluntários de Riba d’Ave, a corporação mais próxima do local.
