Habitação, transportes e PRR no centro do debate sobre Braga

O auditório do Espaço Vita abriu esta noite portas para o debate entre os oito candidatos à Câmara Municipal de Braga: Ricardo Rio, pela coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM e Aliança), Hugo Pires, pelo PS, Bárbara de Barros, pela CDU, Alexandra Vieira, pelo Bloco de Esquerda, Eugénia Santos, pelo Chega, Teresa Mota, pelo Livre, Olga Batista, pela Iniciativa Liberal, e Rafael Pinto, pelo PAN.

As questões da habitação, dos transportes, e a aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em Braga foram os principais temas do debate que durou duas horas.

Os candidatos começaram por abordar a sondagem do Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado Lda (IPOM) para a RUM e Diário do Minho, tornada hoje pública, sobre os resultados das eleições autárquicas em Braga, que indica uma maioria absoluta à coligação Juntos Por Braga e o pior resultado de sempre do PS no concelho.

Confrontado com o resultado da sondagem, Hugo Pires disse que o que “sente na rua não bate certo com a sondagem”, assinalando que a “inoperância atual do executivo municipal não se reflete” com as previsões do resultado.

Já os restantes candidatos assinalaram que a elevada taxa de abstenção prevista, 47,7% – maior de sempre-, é prejudicial para a democracia, sendo que Ricardo Rio disse que o “objetivo de ter mais um voto do que há quatro anos só é possível se houver mais participação”.

Sobre o trabalho realizado pelo executivo nos últimos quatro anos, os candidatos identificaram a falta de habitação e as sucessivas descargas no Rio Este como as principais falhas.

O presidente da Câmara e candidato Ricardo Rio admitiu que houve “falhas na comunicação” à população sobre as descargas, e reconheceu que a implementação de um portal da transparência municipal, sugerido pelo candidato do PAN, Rafael Pinto, pode avançar. Já Hugo Pires e Bárbara de Barros criticaram o facto de a Etar de Frossos ainda não estar construída, Eugénia Santos lembrou que “houve promessas que não foram cumpridas” nos últimos quatro anos, referindo-se à resolução do Nó de Infias, Olga Batista estabeleceu que “falta proximidade” entre a autarquia e os cidadãos e Teresa Mota lamentou que “nada mudou” desde 2013, ano em que Ricardo Rio assumiu o poder.

Sobre outro dos temas centrais do debate, a habitação, Alexandra Vieira disse que o “parque público de habitação em Braga é igual do que o de há 8 anos” e que “o preço de arrendamento triplicou em quatro anos”. Já Hugo Pires acusou a autarquia de “não ter política de habitação”, quando “há milhares de pessoas que querem aceder a casa acessível”.

Na resposta às críticas, Ricardo Rio afirmou que o município quer investir mais de 45 milhões de euros em habitação acessível e social e aponta à revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), que permita aumentar a capacidade de área construtiva, possibilitando a oferta.

Foi nesta altura que emergiu uma troca de acusações mais quente: Ricardo Rio referiu que o PDM foi revisto pelo PS, mas Hugo Pires chamou “mentiroso” a Rio, dizendo que o PDM foi revisto em 2015, altura em que o PS já não estava na autarquia.

Sobre a aplicação do PRR em Braga, Eugénia Santos disse que “investiria na fiscalização” e “transparência”, Rafael Pinto no “investimento na habitação e na transição energética”, Ricardo Rio na “reabilitação da Fábrica Confiança em residência universitária”, Bárbara Barros no “aumento da frota dos Transportes Urbanos de Braga”, Olga Batista na “mobilidade, habitação e transparência”, Teresa Mota na “habitação e transportes públicos”, Hugo Pires na “redução das desigualdades, transição climática e digital”, e Alexandra Vieira na “habitação, através de recuperação e, se for necessário, na construção de edificado”.

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Pedro Magalhães
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